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Argentina lança nota de 10 mil pesos, feita na China, que vale R$ 57

País enfrenta uma das maiores inflações do planeta, que faz o dinheiro perder valor

Detalhe da nova nota de 10.000 pesos da Argentina (Divulgação)

Detalhe da nova nota de 10.000 pesos da Argentina (Divulgação)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 7 de maio de 2024 às 13h41.

Última atualização em 7 de maio de 2024 às 14h22.

O Banco Central da Argentina (BCRA) colocou em circulação uma nova cédula de 10 mil pesos, o maior valor emitido até agora.

O país enfrenta uma das maiores inflações do planeta, que atingiu 279% ao ano em março. Com isso, as notas perdem valor e é preciso usar quantidades cada vez maiores de cédulas.

Na cotação desta terça, 10 mil pesos equivalem a R$ 57, ou US$ 11,35.

A nova cédula traz as imagens de Manuel Belgrano, general e criador da bandeira argentina, e de María Remedios del Valle, heroína da guerra da independência do país.

Nova nota de 10 mil pesos da Argentina (Divulgação)

Segundo o jornal La Nación, as novas cédulas foram impressas na China, pela estatal China Banknote Printing and Minting Corporation (CBPM), dentro de um pedido de 770 milhões de cédulas, para que a entrega fosse feita de modo mais rápido.

O BCRA anunciou que lançará este ano uma nota de 20 mil pesos, no último trimestre do ano, cujo valor atual seria em torno de R$ 115.

Na Argentina, há 10,8 milhões de notas em circulação, sendo que mais da metade delas são de mil pesos (R$ 5,75). Antes da nova nota, a cédula mais alta era de 2 mil pesos (R$ 11,50). O governo anterior, por determinação da então vice-presidente Cristina Kirchner, havia decidido não criar cédulas de valores mais altos mesmo em meio à alta da inflação.

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