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Bolsas da Europa fecham em alta; bancos puxam Londres após moderação em pressão salarial

Índice referencial FTSE 100, de Londres, encerrou em alta de 1,02%, aos 7.747,81 pontos

Bolsa de Valores de Londres, no Reino Unido (Bloomberg/Getty Images)

Bolsa de Valores de Londres, no Reino Unido (Bloomberg/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 12 de março de 2024 às 15h12.

Última atualização em 12 de março de 2024 às 15h53.

As bolsas europeias fecharam em alta, com o mercado de Londres impulsionado por ações do setor financeiro, após dados mostrarem moderação dos aumentos de salários no Reino Unido, o que amplia as chances de o Banco da Inglaterra (BoE) começar a cortar juros mais cedo.

O clima refletiu ainda o desempenho positivo de Wall Street na sequência do indicador de inflação ao consumidor nos Estados Unidos, que ficou, basicamente, em linha com as expectativas, embora com o núcleo mensal um pouco acima da previsão. Em Frankfurt, a Porsche avançou em meio ao anúncio de pressões em margens, mas projeções de vendas fortes do lançamento de modelos elétricos e híbridos.

O índice referencial FTSE 100, de Londres, encerrou em alta de 1,02%, aos 7.747,81 pontos. Entre os papéis do setor financeiro, os bancos Barclays e Standard Chartered subiram 2,17% e 1,48%, respectivamente.

O salário semanal médio no Reino Unido, excluindo bônus, mostrou avanço anual de 6,1% no trimestre até janeiro, desacelerando levemente ante o ganho de 6,2% registrado no trimestre até dezembro. O número de vagas anunciadas caiu 43 mil, para 908 mil no trimestre.

O crescimento salarial mais fraco e a queda das vagas no Reino Unido podem dissipar parte da incerteza em torno da trajetória das taxas de juro do Banco da Inglaterra, disse a economista sênior do HSBC para o Reino Unido, Elizabeth Martins, em nota. "Se o mercado de trabalho conseguir desinflacionar sem dor — sem um grande aumento na taxa de desemprego ou queda nos salários reais — então o comitê de política monetária ficará bastante satisfeito com o seu trabalho", observou. A economista projetou que as condições atuais apontam para que o BoE possa reduzir as taxas a partir de agosto.

Ainda em Londres, as ações da Entain dispararam 3,73%, após a Sky News informar, citando fontes não identificadas, que a empresa de apostas contratou a Oakvale Capital para encontrar um comprador para seu negócio de pôquer online, que pode render cerca de £ 150 milhões (US$ 192,2 milhões).

Em Frankfurt, o índice DAX subiu 1,23%, aos 17.965,11 pontos. O CAC-40, referencial da bolsa de Paris, ganhou 0,84%, para encerrar em 8.87,48 pontos.

Em Frankfurt, as ações da Porsche avançaram 11,5%. A fabricante de carros esportivos premium alertou para pressões em suas margens com o lançamento de novos modelos elétricos e híbridos este ano, mas projetou resultados favoráveis de vendas. A fabricante alemã lançará o Macan totalmente elétrico neste ano, bem como a próxima geração do seu Taycan totalmente elétrico. Também colocará no mercado versões híbridas do 911 e do Panamera. "Isso vai colocar o vento nas nossas costas nos próximos anos", disse o CEO da Porsche, Oliver Blume, que projetou aumento significativo das vendas na China em 2025 com os novos modelos. A empresa prevê que sua margem de lucro deve ficar entre 15% e 17% neste ano, abaixo da margem de 18% em 2022 e 2023, mas ainda mira margem de 20% no longo prazo.

Em Madri, o Ibex-35 subiu 0,61%, aos 10.388,90 pontos. O FTSE MIB, de Milão, ganhou 1,31%, encerrando o dia em 33.753,12 pontos.

A bolsa de Lisboa foi na contramão e o índice PSI 20 encerrou o pregão na mínima, com queda de 0,25%, em 6.142,97 pontos. As cotações são preliminares.

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