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Ações da BK Brasil disparam 8% após desistência de negócio com Domino’s

Operação estava puxando papéis da empresa para baixo segundo analistas; upside pode chegar a 89%

Desde que o acordo com a Domino's foi anunciado em julho, as ações da BK caíram em torno de 40% | Foto: Leandro Fonseca/ EXAME (Leandro Fonseca/Exame)

Desde que o acordo com a Domino's foi anunciado em julho, as ações da BK caíram em torno de 40% | Foto: Leandro Fonseca/ EXAME (Leandro Fonseca/Exame)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 1 de novembro de 2021 às 11h34.

Última atualização em 1 de novembro de 2021 às 17h37.

As ações da BK Brasil (BKBR3), dona das redes de fast food Burger King e Popeyes no Brasil, dispararam 8,44% pnesta segunda-feira, 1º de novembro, após a empresa anunciar que desistiu de assumir o controle da DP Brasil, dona da Domino's Pizza no País.

Desde que o acordo com a Domino's foi anunciado em julho, as ações do BK caíram em torno de 40%, contra recuo de 17% do Ibovespa no mesmo período. Para os analistas do Goldman Sachs, o dado demonstra que o negócio estava enfraquecendo os papéis do Burger King por conta de riscos de valuation.

“Embora tenhamos visto mérito estratégico na associação acordo, acreditamos que sua rescisão poderia ser recebida positivamente pelo mercado, porque reduz a complexidade dos negócios em um momento em que as condições operacionais de curto prazo permanecem voláteis, permitindo que a administração se concentre nos negócios centrais de BK e Popeyes”, afirmam os analistas em relatório.

A avaliação é compartilhada pelos analistas do Credit Suisse. “As preocupações ofuscaram o apelo estratégico e a lógica por trás da transação, sendo elas: diluição dos acionistas minoritários; riscos de execução de desenvolver um plano de expansão agressivo em um país que não é consumidor tradicional de pizza fast-food; e, até certo ponto, o valor a ser pago”, afirmam.

A transação envolvia a troca de ações, com emissão de 54 milhões de novas ações do BKBR3, implicando em uma diluição de 19,7% das ações atuais em circulação e valuation total de 671 milhões de reais considerando o preço das ações BKBR3 no momento de fechamento do negócio.

Após o anúncio, tanto Goldman Sachs quando Credit Suisse reforçaram as recomendações de compra para os papéis do Burguer King. O Goldman tem preço-alvo de 12 reais para as ações – o que representa um potencial de valorização (upside) de 74,7% em relação ao preço de fechamento do último pregão. Já o Credit avalia BKBR3 em 13 reais, um upside de 89,2%.

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O negócio

A operação, anunciada em julho, criaria uma rede com 1.200 restaurantes – incluindo as unidades da Popeye's, também geridas pela BK Brasil. 

A companhia informou, em fato relevante, que o negócio foi desfeito "após reavaliação das partes sobre as atuais condições de mercado". A operação já havia recebido o parecer favorável à transação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em 13 de agosto. 

Apesar da desistência, o negócio não está completamente descartado, uma vez que a BK Brasil e a Vinci acertaram um direito exclusivo de preferência por um ano.

“A Companhia terá a opção de exercer referido direito de preferência mediante pagamento em dinheiro, ou mediante entrega de ações de emissão da Companhia por meio de uma operação societária, como a incorporação de ações da DP Brasil originalmente prevista no Acordo de Associação”, destacou a BK, em comunicado.

*Com agências

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