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Ibovespa fecha estável entre alta da Petrobras e queda da Vale

Mineradora recua após queda de lucro no primeiro trimestre e estatal sobe, com anúncio de dividendos complementares

Ibovespa: bolsa é impactada por Vale (VALE3) (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Ibovespa: bolsa é impactada por Vale (VALE3) (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 25 de abril de 2024 às 10h33.

Última atualização em 26 de abril de 2024 às 08h51.

O Ibovespa, principal índice acionário do Brasil, fechou perto da estabilidade nesta quinta-feira, 25. O movimento foi equilibrado pelas duas principais posições do índice, Vale e Petrobras, que tiveram performances opostas.

Ibovespa hoje

  • IBOV: -0,08%, aos 124.648 pontos

Vale em queda

A Vale, que divulgou balanço do primeiro trimestre na noite de ontem, caiu 2,11%, com investidores repercutindo negativamente o resultado. O lucro líquido da companhia no período foi de US$ 1,68 bilhão, 9% mais baixo na comparação anual. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) foi de US$ 3,3 bilhões, 6% abaixo do consenso da Bloomberg.

Como pano de fundo das negociações também estiveram a notícia sobre a proposta de US$ 39 bilhões da BHP pela compra da Anglo American. Em teleconferência com investidores, Eduardo Bartolomeo, CEO da Vale (VALE3), afirmou que a companhia ainda está "digerindo" as negociações anunciadas nesta manhã, mas que a potencial fusão não afeta a "mentalidade e estratégia" da companhia.

Petrobras em alta

Do lado positivo, as ações da Petrobras subiram 2,40% (PETR4) e 2,27% (PETR3), após a companhia confirmar a distribuição de R$ 37,4 bilhões em dividendos complementares. Desse valor R$ 22,7 bilhões será referente aos dividendos extraordinários (cerca de 50% da reserva anunciada no começo de março) e R$ 14,7 bilhões à aplicação da fórmula da Política de Remuneração aos Acionistas. O pagamento será feito em duas parcelas previstas para os dias 20 de maio e 20 de junho. 

A Reforma Tributária também está nos holofotes. Na tarde de ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entregou o projeto de lei complementar que regulamenta a Reforma Tributária ao Congresso. Após o envio, Bernard Appy, secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, anunciou que a alíquota do imposto sobre valor agregado (IVA) proposto na reforma ficará entre 25,7% e 27,3%, com uma média provável de 26,5%.

NY em queda após PIB fraco e PCE forte

As bolsas também fecharam em queda no exterior, com investidores reagindo negativamente aos dados divulgados nesta manhã nos Estados Unidos. Uma das grandes decepções foi o Produto Interno Bruto (PIB), que ficou em 1,6% de alta no primeiro trimestre, bem abaixo do consenso de mercado de 2,5%. Já o índice de Preços sobre Consumo Pessoal, (PCE, na sigla em inglês) saiu mais forte que o previsto para o primeiro trimestre. A alta foi de 3,7% ante expectativa mediana de 3,4%. O indicador de inflação é usada como a principal referência para a politica monetária do Fed. Mesmo com a economia mais fraca, os o PCE robusto falou mais alto e as apostas de que os juros permanecerão altos por mais tempo voltou a ganhar força. O S&P 500, principal índice de Nova York,

Nesta noite, ainda estão previstos os balanços de Microsoft e Alphabet nos Estados Unidos e de Cielo (CIEL3), Klabin (KLBN11) e Multiplan (MULT3) no Brasil.

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