A Compass Group foi fundada há 25 anos em Nova York com o lançamento do primeiro fundo especializado da América Latina. Na época, o seu fundador, o chileno Manuel Balbontín – sócio-fundador e Presidente Executivo do Conselho de Administração – tinha um sonho: aproximar a região e o resto do mundo.
Há três anos no Brasil, o grupo consegue não só levar a América Latina ao mundo como trazer o mundo a América Latina.
“Os investimentos em empresas latinas são geridos por nós. No caso dos produtos globais, contamos com mais de 20 parceiros que, juntos, representam mais de 5 trilhões de dólares sob gestão (quase cinco vezes o tamanho da indústria brasileira de fundos)”, explica George Kerr, country head da Compass Group no Brasil.
Com mais de 41 bilhões de dólares em ativos sob gestão e advisory, a empresa lançou na plataforma do BTG Pactual e outras plataformas do mercado algumas novidades, como o Compass ESG Credit Selection, um fundo focado em ativos de crédito de baixo risco que têm um bom score ESG.
Outro produto que a gestora trouxe para o Brasil é o Compass Ninety One Global Franchise, fundo que subiu 15,69% no acumulado desse ano e que tem como estratégia investir em empresas associadas a marcas e franquias globais com geração de fluxo de caixa superior à média da indústria.
“O Compass Ninety One Global Franchise investe em empresas que, independentemente do que acontecer no mundo, você vai continuar consumindo seus produtos e serviços, como Visa, Microsoft e Johnson & Johnson”, explica Kerr. “São ações de empresas que você gostaria de comprar e deixar para os seus filhos.”
O executivo explica que, apesar da América Latina oferecer muitas oportunidades (especialmente em áreas como o agronegócio e commodities a exemplo do cobre, cuja procura deve crescer com a demanda de veículos elétricos), a diversificação geográfica é importante para qualquer carteira.
“O mercado latino-americano concentra ótimas empresas, especialmente para o investidor paciente e acostumado à alta volatidade das economias da região”, diz Kerr. “Mas existem companhias e teses globais que não conseguimos encontrar por aqui.”
Ele cita como exemplo, fundos que acessam diretamente as empresas que estão transformando o mundo via inovação financeira, ambiental e digital, como empresas líderes de semicondutores e outras empresas promissoras no setor de tecnologia: “Estar no Brasil ou na América Latina não deveria nos restringir a só investir aqui”, defende Kerr.
Ao investidor brasileiro, que tem em seu horizonte um cenário de possível volatidade por conta das eleições presidenciais no ano que vem, o executivo manda um recado: “Você tem que ter um pouco de calma, pensar em longo prazo e estar tranquilo com suas decisões de curto prazo. Se você tem ações que estão caindo e você as vende, as chances de recuperar é zero. Por isso, é tão importante diversificar para que parte do seu portfólio lhe dê proteção”.
No vídeo acima, você confere o nosso bate-papo com o executivo sobre as melhores oportunidades na América Latina e no mundo – e a importância de investir com a ajuda de empresas que tenham times globais dedicados a identificar tendências regionais.