Tecnologia

Robôs japoneses falam, brincam e acham óculos perdidos

Tóquio - Robôs capazes de conversar, encontrar óculos perdidos, desenhar aviões e brincar com crianças estão atraindo milhares de visitantes a uma exposição em Tóquio, enquanto o Japão tenta se adaptar às mudanças em sua sociedade. Robôs como o Chapit, sensível ao som, respondem a perguntas simples e até mesmo trocam piadas com pessoas para […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2010 às 10h08.

Tóquio - Robôs capazes de conversar, encontrar óculos perdidos, desenhar aviões e brincar com crianças estão atraindo milhares de visitantes a uma exposição em Tóquio, enquanto o Japão tenta se adaptar às mudanças em sua sociedade.

Robôs como o Chapit, sensível ao som, respondem a perguntas simples e até mesmo trocam piadas com pessoas para ajudar os solitários a combater sua solidão e a manter a vivacidade na velhice.

"Muitas pessoas idosas vivem sozinhas, no Japão, e não têm com quem conversar", disse Kazuya Kitamura, representante dos organizadores da exposição. Os robôs de comunicação acompanham as pessoas e não se incomodam de ouvir sempre as mesmas histórias.

Embora o Chapit, um robô relativamente simples, tenha conseguido atrair um patrocinador empresarial, muitos pesquisadores, a exemplo de Kiyoshi Matsumoto, professor da Universidade de Tóquio, lutam para atrair patrocinadores para projetos mais dispendiosos.

O "Personal Mobility Robot", de Matsumoto, equipado com quatro câmeras e um sensor para reconhecer o centro de gravidade do usuário, foi projetado para ajudar os idosos a se movimentar sem a necessidade de apertar botões, usar joysticks ou mover uma cadeira de rodas tradicional.

O robô também pode localizar óculos perdidos identificando-os por meio de um sensor.

"Desenvolvemos um robô capaz de ajudar muita gente, mas devido ao alto custo ainda não encontramos patrocinador", disse Matsumoto, acrescentando que o custo da máquina, caso produzida em massa, seria comparável ao de um carro compacto.

"No ambiente econômico atual, existem poucas empresas dispostas a investir em um projeto tão dispendioso", afirmou.

Outros robôs, como o premiado "DiGRO", podem ajudar pais ocupados que não tenham tempo para brincar com seus filhos.

O robô pode usar a Internet para localizar uma imagem simples e fazer desenhos, fazendo companhia às crianças enquanto os pais trabalham.

O Japão tem uma das sociedades que envelhece mais rápido no mundo, e o governo prevê que, até 2050, a proporção de pessoas com idade superior a 65 anos atingirá os 40 por cento.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaInovaçãoJapãoPaíses ricosRobótica

Mais de Tecnologia

Especialistas encontram pela primeira vez vírus no iPhone que lê imagens do celular

Tesla inaugura mega fábrica de armazenamento de energia em Xangai

Morgan Stanley vende US$ 3 bilhões em dívida do X de Elon Musk

CashU estrutura fundo próprio de R$ 100 mi e promete destravar R$ 1 bi em crédito para PMEs