Por que a Samsung vai parar de produzir TVs de plasma

São Paulo - A Samsung anunciou nesta semana que vai encerrar sua produção de TVs de plasma no próximo dia 30 de novembro. De acordo com a empresa, a queda na demanda motivou a decisão. 

"Vamos focar mais nas oportunidades de crescimento representadas pelas TVs UHD e de tela curva", afirmou a Samsung em nota publicada pelo portal CNET.

Outras grandes fabricantes já tinham tomado iniciativas parecidas. Um exemplo é a Panasonic, que também iniciou o encerramento da produção de gadgets deste tipo..

No caso da Samsung, o último modelo de plasma lançado foi a F8500, TV 3D com resolução Full HD que pode ser encontrada à venda na internet por cerca de 8 mil reais. 

Porém, é interessante entender por que a Samsung decidiu parar de fabricar TVs de plasma.

Plasma

Lançadas no mercado no fim da década de 1990, as TVs de plasma surgiram como tecnologia substituta das antigas TVs de tubo de raio catódico. No Brasil, o primeiro modelo foi lançado pela Semp Toshiba em 2001 e custava perto de 50 mil reais.

Entretanto, as TVs de plasma foram rapidamente superadas pelas de LCD. Apesar de terem menos níveis de contraste e oferecerem um menor ângulo de visão, as TVs de LCD eram mais finas, consumiam menos energia e o principal: saíam mais barato para o consumidor. 

Para se ter uma ideia, no primeiro trimestre de 2014, 47 milhões de TVs de LCD foram vendidas em todo o mundo - contra apenas 2 milhões de modelos de plasma.

Em relação ao mesmo período do ano passado, as vendas de TV de plasma registraram uma queda de 16%. Os dados são instituto de pesquisa americano IHS.

O surgimento da resolução UHD (ou 4K) foi o golpe de misericórdia na produção de TVs de plasma. O desenvolvimento de versões de plasma com a nova tecnologia tem se mostrado inviável para as grandes fabricantes. 

Dentre elas, a única que se mantém no negócio agora é a LG - que já afirmou que o segmento não representa nem 10% da receita obtida pela empresa com a venda de TVs. Parece que, em breve, as TVs de plasma poderão migrar das prateleiras das lojas para as de museus.