A mineração de bitcoin e de outras criptomoedas consome uma grande quantidade de energia (Sergey Shulgin/Getty Images)
No final de março, a China confirmou que iria encerrar todas as instalações de mineração de criptomoedas na região da Mongólia para reduzir os altos gastos de energia. O país é conhecido por ter uma dos custos de eletricidade mais baratos do mundo, e isso atrai muitos mineradores de bitcoin para operarem lá.
No entanto, o governo chinês pode ter que gerenciar ainda mais o número de servidores de mineração, considerando as estimativas de poluição que a prática resulta. Segundo um estudo publicado pela revista Nature nesta última terça-feira (06), a extração da moeda digital no país asiático deve emitir 130 toneladas métricas em emissões de carbono até 2024.
O levantamento aponta que a matriz energética composta por 40% de usinas termoelétricas, alimentadas principalmente com carvão, torna todo o processo carissímo ao meio ambiente.
E, ao considerar o funcionamento do bitcoin, que precisa cada vez mais de computadores potentes para processar as transações da moeda digitial, multiplicam-se exponencialmente os centros de mineração junto do consumo de energia.
Para se ter uma ideia, cerca de 80% de todas as transações de bitcoin são processadas na China, e se o plano daquele país é diminuir pela metade a poluição atmosférica até 2030 e atingir a neutralidade de CO2 até 2060, recomenda-se, por hora, puxar algumas tomadas.