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Remy Sharp
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Em 2005, na Favela do Jaguaré, em São Paulo, o chef David Hertz encontrou o propósito do seu trabalho na gastronomia. “Comecei a me questionar qual era o meu propósito e encontrei nas favelas um lugar de criatividade, inovação e potência. Quando descobri o conceito de negócios de impacto, acreditei no modelo para desenvolver pessoas”, afirma. Nesses 18 anos, o empreendedor social já impactou mais de 3,6 milhões de pessoas, entre as que foram capacitadas e as que receberam refeições doadas por meio da ONG Gastromotiva, fundada por ele.

A ONG alcançou alguns marcos, como a profissionalização de empreendedores e a transferência de sua metodologia de ensino para outras localidades, como El Salvador, México e a fundação do restaurante-escola Refettorio Gastromotiva, no Rio de Janeiro, onde os alunos dos cursos e renomados chefs convidados cozinham refeições que são servidas a pessoas em situação de vulnerabilidade social. Outro marco é o início do engajamento das empresas brasileiras a partir da pandemia de covid-19. “Até então, apenas companhias internacionais tinham apoiado a Gastromotiva, mas a aceleração das práticas ESG reforça a ideia de auxiliar as comunidades no entorno das operações”, diz Hertz.

Atualmente, a organização está presente em 33 municípios de nove estados. “Hoje montamos cozinhas solidárias em áreas muito vulneráveis do Brasil, e não apenas nos grandes centros.” A ONG também trabalha com complementação da cesta básica. Para Hertz, a Gastromotiva seguirá evoluindo se as companhias tiverem interesse no combate à fome e na profissionalização de pessoas de grupos socialmente minorizados.

“Estamos sempre em busca de recursos e de formas de alavancar o projeto. Diminuímos para dois terços o alcance das cozinhas solidárias, mas na capacitação há uma procura maior. A gastronomia tem impacto direto na mitigação das desigualdades e agrega valor para todos os envolvidos.”

O trabalho da Gastromotiva tem como base os princípios da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU), e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2, 5 e 8, de fome zero e agricultura sustentável, igualdade de gênero, e trabalho decente e crescimento econômico. Com isso, Hertz participa de eventos como o Fórum Econômico Mundial, em Davos.

Como próximos passos, a Gastromotiva testa projetos pilotos na Amazônia e para o fomento da floresta em pé. “Estamos, com parceiros de tecnologia e outros setores, trabalhando no combate à fome e na produção de alimentos que valorizem a biodiversidade. Um exemplo é um restaurante com um coletivo de mulheres de 13 etnias”, diz Hertz.  



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