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A Amazônia respira

Desmatamento vinha crescendo desde o ano passado. Em fevereiro e março, porém, houve uma desaceleração. Seria um efeito do coronavírus?

Brigadista de incêndio do Ibama, no Pará: a área desmatada neste ano no estado equivale a quase 100 parques do Ibirapuera  (Gustavo Basso/NurPhoto/Getty Images)

Brigadista de incêndio do Ibama, no Pará: a área desmatada neste ano no estado equivale a quase 100 parques do Ibirapuera (Gustavo Basso/NurPhoto/Getty Images)

RC

Rodrigo Caetano

Publicado em 9 de abril de 2020 às 05h00.

Última atualização em 12 de fevereiro de 2021 às 14h48.

Desde o ano passado, o desmatamento na Amazônia crescia de forma acelerada. Nos últimos dois meses, porém, os números mostram uma inversão na curva. “Há um sinal de menos desmatamento”, diz Carlos Souza, coordenador do Imazon, instituto de pesquisa que monitora o desmatamento na floresta. Seria um efeito da parada econômica por causa do novo coronavírus?

Ainda é cedo para dizer. A expectativa é que a queda da atividade econômica dê algum alento à floresta. Mas o alívio pode ser temporário. Mais de 90% do desmatamento na Amazônia está relacionado a atividades ilegais, como grilagem de terras e abate não fiscalizado de bovinos — fatores que tendem a crescer em épocas de crise econômica e deterioração das condições sociais.

A dificuldade de fiscalização é outro problema. Eduardo Bim, presidente do Ibama, órgão responsável pela fiscalização ambiental, determinou que os servidores executem suas atividades remotamente enquanto durar o isolamento social por causa do coronavírus. O Ibama também suspendeu os prazos processuais por tempo indeterminado.

Neste ano, o estado de Mato Grosso teve a maior área desmatada, com 229 quilômetros quadrados, seguido de Pará (151 km²), Roraima (79 km²) e Amazonas (75 km²). 

 

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