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Ganhando a vida com energia solar

Há quatro anos, Lynn Jurich deixou uma carreira no mercado financeiro para fundar a Sun Run, que vende energia solar para residências. Desde então, a empresa quadruplica a cada ano

Lynn Jurich: "Muita gente dizia que nossos planos não dariam certo porque o investimento era muito alto" (B. D. Colen/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2011 às 08h00.

Nos últimos anos, a energia solar surgiu como uma espécie de panaceia ambiental. Os raios solares são uma fonte praticamente inesgotável, com pequenos impactos ambientais. Seria o melhor dos mundos se já existisse uma forma barata de captar esse tipo de energia.

Não é o caso. A energia solar é cara — tanto que poucos entre os consumidores mais ricos do mundo, os americanos, estão dispostos a investir até 60 000 dólares para instalar os painéis que transformam os raios solares na energia que faz suas casas e empresas funcionar.

“O investimento inicial ainda afasta boa parte da população da energia solar”, diz a americana Lynn Jurich, de 31 anos. “Pouca gente quer pôr a mão no bolso para diminuir a conta de luz no longo prazo.”

Lynn vem tentando reduzir a distância entre as boas intenções com o meio ambiente e a disposição de pagar a conta. Há quatro anos, ela deixou um emprego no mercado financeiro para fundar a Sun Run, empresa da Califórnia que vende energia solar para residências.

Lynn criou um modelo de negócios que reduz muito o valor necessário para gerar eletricidade a partir do sol. A empresa instala painéis solares em casas e condomínios de graça ou por um preço simbólico — em torno de 1 000 dólares por residência.

Em troca, os clientes comprometem-se a comprar a energia gerada em seus telhados por 20 anos. Na prática, a Sun Run financia os painéis para os clientes, que pagam na tarifa.

O interesse pelo mercado de energia renovável surgiu quando Lynn cursava faculdade de economia, no final dos anos 90. Foi quando ela e o colega Edward Fenster, hoje seu sócio, conceberam um modelo parecido com o que puseram em prática na Sun Run. “Muita gente dizia que nossos planos não dariam certo porque o investimento necessário era muito alto”, afirma Lynn.

Hoje, a Sun Run tem painéis instalados em pouco mais de 10 000 casas nos Estados Unidos. Esses clientes proporcionaram receitas estimadas em 4 milhões de dólares em 2010 — mas a empresa vem quadruplicando de tamanho a cada ano desde sua fundação.

Apesar do crescimento, a Sun Run ainda não consegue sustentar sua expansão só com os resultados da venda de energia. Porém, os contratos de longo prazo com os consumidores e o potencial de crescimento da empresa têm atraído investidores.

Fundos como o Sequoia Partners, um dos maiores dos Estados Unidos, já aplicaram mais de meio bilhão de dólares no negócio. “Acredito que a Sun Run possa ser uma das mais importantes geradoras de eletricidade americanas daqui a 20 anos”, afirma Lynn.

O cenário é favorável. Em janeiro, o presidente americano, Barack Obama, anunciou um programa de financiamento a empresas que desenvolvam tecnologias para produzir energia limpa.

Nos próximos anos, 80 bilhões de dólares serão destinados a esse tipo de negócio no país. A Sun Run parece estar numa posição privilegiada para aproveitar a onda de crescimento.

“A grande barreira para expandir o uso da energia solar é o preço dos equipamentos”, diz Cristopher Vlavianos, fundador da Comerc, empresa brasileira que atua no mercado livre de energia e que acompanha as tendências do setor elétrico. “A solução encontrada pela Sun Run torna essa tecnologia muito mais acessível.”

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Nos últimos anos, a energia solar surgiu como uma espécie de panaceia ambiental. Os raios solares são uma fonte praticamente inesgotável, com pequenos impactos ambientais. Seria o melhor dos mundos se já existisse uma forma barata de captar esse tipo de energia.

Não é o caso. A energia solar é cara — tanto que poucos entre os consumidores mais ricos do mundo, os americanos, estão dispostos a investir até 60 000 dólares para instalar os painéis que transformam os raios solares na energia que faz suas casas e empresas funcionar.

“O investimento inicial ainda afasta boa parte da população da energia solar”, diz a americana Lynn Jurich, de 31 anos. “Pouca gente quer pôr a mão no bolso para diminuir a conta de luz no longo prazo.”

Lynn vem tentando reduzir a distância entre as boas intenções com o meio ambiente e a disposição de pagar a conta. Há quatro anos, ela deixou um emprego no mercado financeiro para fundar a Sun Run, empresa da Califórnia que vende energia solar para residências.

Lynn criou um modelo de negócios que reduz muito o valor necessário para gerar eletricidade a partir do sol. A empresa instala painéis solares em casas e condomínios de graça ou por um preço simbólico — em torno de 1 000 dólares por residência.

Em troca, os clientes comprometem-se a comprar a energia gerada em seus telhados por 20 anos. Na prática, a Sun Run financia os painéis para os clientes, que pagam na tarifa.

O interesse pelo mercado de energia renovável surgiu quando Lynn cursava faculdade de economia, no final dos anos 90. Foi quando ela e o colega Edward Fenster, hoje seu sócio, conceberam um modelo parecido com o que puseram em prática na Sun Run. “Muita gente dizia que nossos planos não dariam certo porque o investimento necessário era muito alto”, afirma Lynn.

Hoje, a Sun Run tem painéis instalados em pouco mais de 10 000 casas nos Estados Unidos. Esses clientes proporcionaram receitas estimadas em 4 milhões de dólares em 2010 — mas a empresa vem quadruplicando de tamanho a cada ano desde sua fundação.

Apesar do crescimento, a Sun Run ainda não consegue sustentar sua expansão só com os resultados da venda de energia. Porém, os contratos de longo prazo com os consumidores e o potencial de crescimento da empresa têm atraído investidores.

Fundos como o Sequoia Partners, um dos maiores dos Estados Unidos, já aplicaram mais de meio bilhão de dólares no negócio. “Acredito que a Sun Run possa ser uma das mais importantes geradoras de eletricidade americanas daqui a 20 anos”, afirma Lynn.

O cenário é favorável. Em janeiro, o presidente americano, Barack Obama, anunciou um programa de financiamento a empresas que desenvolvam tecnologias para produzir energia limpa.

Nos próximos anos, 80 bilhões de dólares serão destinados a esse tipo de negócio no país. A Sun Run parece estar numa posição privilegiada para aproveitar a onda de crescimento.

“A grande barreira para expandir o uso da energia solar é o preço dos equipamentos”, diz Cristopher Vlavianos, fundador da Comerc, empresa brasileira que atua no mercado livre de energia e que acompanha as tendências do setor elétrico. “A solução encontrada pela Sun Run torna essa tecnologia muito mais acessível.”

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