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Startup da Noruega usa IA para agilizar designs de arquitetos

A startup parte da premissa de que o setor de construção é dominado por reuniões e não por software

Noruega: Spacemaker emprega 100 pessoas, predominantemente em Oslo, Boston e Nova York (Tomm W. Christiansen/Bloomberg)

Noruega: Spacemaker emprega 100 pessoas, predominantemente em Oslo, Boston e Nova York (Tomm W. Christiansen/Bloomberg)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 22 de junho de 2019 às 08h00.

Última atualização em 22 de junho de 2019 às 08h00.

Uma startup com sede em Oslo tem usado inteligência artificial para tentar reduzir o tempo gasto por arquitetos e incorporadoras para criar novos designs.

A Spacemaker anunciou na segunda-feira que captou US$ 25 milhões para desenvolver seu software e conquistar novos mercados. A rodada foi liderada pela empresa de capital de risco Atomico, com participação da Northzone. As incorporadoras NREP, da Dinamarca, e OBOS, da Noruega, e o fundo de tecnologia imobiliário britânico Round Hill Ventures também investiram.

"A construção é um dos setores menos digitalizados, juntamente com a agricultura e a caça", disse Havard Haukeland, cofundador e presidente da Spacemaker.

A startup parte da premissa de que o setor de construção é dominado por reuniões e não por software. O produto da Spacemaker permite que arquitetos e incorporadoras avaliem vários parâmetros, como a quantidade de raios solares que um edifício deve receber, o mínimo ruído de tráfego permitido e o número de cômodos que poderiam caber dentro de um terreno.

Assim, o software forneceria vários layouts de desenvolvimento possíveis, dependendo de como as entradas são ponderadas. Em vez de o arquiteto ter que gastar seu tempo consultando especialistas em som e layout, a Spacemaker usará dados disponíveis publicamente, como congestionamento, para mostrar possíveis esquemas de design em questão de horas

Como quase todas as startups de inteligência artificial, o software da empresa é tão bom quanto os dados de entrada, mas, nos países nórdicos, grandes volumes de informação estão disponíveis publicamente. Haukeland, um ex-arquiteto, disse que parte do capital levantado será usado para obter conjuntos de dados apropriados à medida que a empresa se expande para novos mercados.

O número de startups do mercado imobiliário que usa inteligência artificial tem aumentado. A empresa holandesa GeoPhy, financiada pela Index Ventures, compara imagens de satélite, dados de vendas e registros de propriedades com índices de criminalidade, espaços verdes e a densidade de cafés independentes nas proximidades, para determinar os valores dos imóveis.

A Spacemaker, cujos clientes incluem incorporadoras como Skanska e AF Gruppen, emprega 100 pessoas, predominantemente em Oslo, Boston e Nova York.

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