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Franqueadora do ano pela ABF, rede de idiomas CNA adota aulas online

Rede foi escolhida franqueadora do ano no Prêmio Destaque Franchising; por causa do coronavírus, todas as 614 escolas CNA estão fechadas para aulas

Escola CNA, na Vila Mariana, em São Paulo: 
rede foi fundada em 1973 pelo empreendedor Luiz Gama e começou a se expandir por meio de franquias em 1985 
 (CNA/Divulgação)

Escola CNA, na Vila Mariana, em São Paulo: rede foi fundada em 1973 pelo empreendedor Luiz Gama e começou a se expandir por meio de franquias em 1985 (CNA/Divulgação)

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Carolina Ingizza

Publicado em 8 de abril de 2020 às 06h00.

Última atualização em 8 de abril de 2020 às 11h42.

A rede de escolas de idioma CNA foi escolhida pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) a melhor franqueadora do ano. A rede tem 614 escolas no país e está na vigésima sexta posição no ranking das 50 Maiores Redes de Franquias do Brasil em 2020.

“É um reconhecimento do trabalho que realizamos em rede, e tenho muito orgulho disso. Tenho muito orgulho da nossa gente”, afirmou Décio Pecin, presidente do CNA. “É uma honra poder estar no lugar mais alto do pódio do franchising brasileiro”. 

A rede foi fundada em 1973 pelo empreendedor Luiz Gama, que começou sua trajetória vendendo livros de porta em porta. A marca adotou o sistema de franchising em 1985 e hoje tem cerca de 400.000 alunos em todo o território nacional. 

Já o prêmio de personalidade do ano, criado para homenagear pessoas notáveis do mercado de franquias, foi dado a Marcelo Cherto, fundador e presidente do Grupo Cherto. Ele é um dos pioneiros no franchising no país — fundou, foi vice-presidente e conselheiro da ABF, ajudando na elaboração da primeira Lei de Franquias brasileira, de 1994“Fico extremamente feliz em receber esse reconhecimento, ainda mais num momento como este, em que todos carecemos de boas notícias”, afirmou Cherto, em nota.

André Friedheim, presidente da ABF, disse que tanto a CNA como Cherto são referências singulares do setor de franquias brasileiro. “Premiá-los é motivo de honra para a ABF, um merecido reconhecimento e uma demonstração do valor e da importância da indústria do franchising para o nosso país”, disse.

Reinvenção em tempos de crise

Todas as escolas da rede CNA estão fechadas para aulas no Brasil por causa da pandemia de coronavírus. Acompanhando as recomendações das secretarias de saúde de cada estado, as unidades começaram a fechar no dia 16 de março. No dia 28, todas já estavam com as aulas presenciais paralisadas. 

Com ajuda de um franqueado, a rede adotou um modelo de aulas online. A adaptação do conteúdo para o meio digital foi feita por Guilherme Gaspar Gomes, franqueado das unidades de Divinópolis e Itaúna, em Minas Gerais. No estado, as aulas presenciais foram suspensas no dia 18 de março, então o empreendedor teve que pensar em uma solução rápida para continuar atendendo os alunos. 

Habituado com a ferramenta de conferência Zoom, Gomes testou o aplicativo para aulas e gostou da solução. Na primeira semana, teve excelente retorno dos pais, fechando até mesmo duas novas matrículas para as unidades. Conversando com outros franqueados da região, percebeu que poderia ajudar. “Falei com 230 franqueados no país, dei um treinamento para cerca de 500 professores”, diz.

A rede, que já estava em contato com o empreendedor, decidiu usar a experiência dele para formatar o projeto para todas as unidades — dando liberdade para cada franqueado usar a ferramenta de vídeo que achar melhor. A ideia é aproximar ao máximo a experiência dos alunos em casa com a da escola. 

Marcelo Barros, diretor de educação do CNA, explica que as aulas online seguem os mesmos livros e plano de aula das atividades presenciais. As turmas e professores foram mantidos, só algumas atividades que precisam ser feitas em sala de aula foram adaptadas para um modelo digital. 

Por enquanto, as taxas de cancelamento e inadimplência da rede estão iguais às do ano passado, mas a crise impactou a captação de novos alunos para o semestre, que costuma acontecer até o final do mês de março. Barros afirma não saber como será o segundo semestre do ano para as escolas da CNA, mas diz que, neste momento, está empenhado em oferecer “opções e segurança para os alunos que já nos escolheram”. A prioridade é manter os 400.000 estudantes. 

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