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Obama propõe US$ 30 bilhões para pequenas empresas

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, teve o foco na geração de empregos e corte de impostos para as pequenas empresas como o destaque do seu discurso sobre o Estado da União, na noite da quarta-feira (quinta-feira, pelo horário de Brasília). Obama propôs que US$ 30 bilhões que os bancos pagaram de volta ao […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, teve o foco na geração de empregos e corte de impostos para as pequenas empresas como o destaque do seu discurso sobre o Estado da União, na noite da quarta-feira (quinta-feira, pelo horário de Brasília). Obama propôs que US$ 30 bilhões que os bancos pagaram de volta ao governo americano, de fundos sacados no Programa de Alívio de Ativos Problemáticos (Tarp, na sigla em inglês) que o governo usou para os socorrer na crise financeira, sejam usados para dar crédito e financiar as pequenas empresas. Obama pediu um projeto de lei para criar empregos "sem nenhum atraso".

Obama propôs congelar o orçamento do governo americano por três anos, com exceção dos gastos militares e com os programas médicos Medicare e Medicaid.

Obama também propôs cortes de impostos para pequenas empresas que contratem funcionários e disse que a administração identificou US$ 20 bilhões de gastos do orçamento que poderão ser cortados no próximo ano fiscal, o de 2011. Em 2009, o déficit do governo americano chegou a US$ 1,4 trilhão e no ano fiscal em curso, o de 2010, deverá chegar a US$ 1,35 trilhão, prevê o Congresso.

"O emprego será a principal foco em 2010 e é por isso que eu peço por um projeto de lei para o emprego nesta noite", disse Obama, bastante aplaudido pelos congressistas. Obama disse que o desemprego, que atualmente atinge 10% da força de trabalho americana, será resolvido também com a geração de empregos também na infraestrutura. "Depois (de financiar as pequenas empresas) vamos colocar os americanos para trabalhar hoje e construírem a infraestrutura de amanhã, com rodovias, usinas que gerem energia limpa, tecnologia de ponta".

Obama citou várias vezes os bancos e o socorro financeiro dado no pacote no final do governo Bush. "Eu odeio o pacote. Se existe uma coisa que une democratas e republicanos é que todos odiamos o grande pacote", disse ele, se referindo ao pacote de US$ 780 bilhões que socorreu os bancos no final de 2008. Ele ressaltou que o pacote era necessário para evitar que o sistema bancário derretesse.

O presidente americano pouco falou sobre política externa e abordou temas internos no discurso.

Obama também disse que passará um projeto de lei para reviver as universidades comunitárias. Ele disse que dará um crédito de US$ 10 mil a cada família que tiver um filho na faculdade.

Obama voltou a defender a reforma no sistema de saúde, emperrada no Congresso. "Após 50 anos de administrações democratas e republicanas, estamos mais perto do que nunca para que cada americano tenha cobertura de saúde. Eu tenho minha parte de culpa por não ter explicado melhor a reforma na saúde para o povo americano".

"Na hora em que eu acabar este discurso, mais americanos perderão suas coberturas de saúde", disse Obama. "Milhões perderão seus planos de saúde neste ano. Nosso déficit crescerá. Os prêmios pagos aos seguros subirão. Os pagamentos subirão. Pacientes terão negados os cuidados que precisam". "Eu não abandonarei esses americanos. E também não deveriam abandoná-los as pessoas nessa sala", disse Obama, bastante aplaudido.

"A reforma no sistema de saúde reduzirá o nosso déficit. No começo desta década tínhamos superávit de US$ 200 bilhões, hoje temos um déficit maior que US$ 1 trilhão", disse Obama.

Com informações da Dow Jones

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