Metade dos sites de compra coletiva no País está inativa
Os oito maiores portais do País concentram 85% do faturamento do setor
Da Redação
Publicado em 12 de dezembro de 2011 às 19h04.
São Paulo - Menos de dois anos após o lançamento do primeiro site de compras coletivas no Brasil, esse mercado mostra que veio para ficar, mas que não há espaço para aventureiros. Metade dos 1,6 mil sites de compras coletivas brasileiros está inativa - não divulga ofertas ou está fora do ar.
Além disso, os oito maiores portais do País concentram 85% do faturamento do setor. É o que aponta um levantamento feito em novembro pelo agrupador de ofertas SaveMe e pela consultoria e-bit, duas empresas do grupo Buscapé.
"A barreira de entrada para os negócios online é muito pequena e, para os sites de compras coletivas, menor ainda. Eles nem precisam de estoque para vender na internet", diz o sócio-fundador do SaveMe, Guilherme Wroclawski. Segundo ele, a facilidade de empreender levou a um boom de lançamentos de empresas no segmento desde março do ano passado, quando surgiu o primeiro portal do gênero no Brasil, o Peixe Urbano. "Muitos empreendedores lançaram um domínio, mas viram que o negócio não é fácil e não tiveram fôlego para permanecer. A tendência é de consolidação", diz Wroclawski.
A empresária Magali Machado e seu marido, donos de uma pousada em Serra Negra (SP), estão no grupo de pessoas que tiveram um negócio relâmpago de compras coletivas. Depois de fazer uma oferta em um site de descontos e vender 1.000 diárias para hospedagem na pousada, o casal se animou com o modelo de negócios e decidiu empreender. Eles criaram o seu próprio portal de compras coletivas, o Planeta do Desconto, em fevereiro deste ano, mas o site suspendeu as operações cinco meses depois.
"É um negócio muito legal, que dá retorno, mas só se você tiver tempo para se dedicar exclusivamente a isso", disse a empresária. Além da pousada, o casal também é dono de duas lojas de brinquedos. "Faltou tempo para se dedicar ao site. Tivemos medo de perder algo que é certo pelo duvidoso", afirmou Magali. O Planeta do Desconto não chegou a dar prejuízo, nem lucro. "Empatamos. Mas deu muito trabalho", conclui.
Os sites pequenos ainda são a maioria no segmento de compras coletivas, mas a concorrência com os grandes deve ser mais difícil. "Os sites grandes estão crescendo mais e se distanciando dos menores. O negócio de compras coletivas parece simples, mas requer uma execução complexa", disse a diretora de comunicação do Peixe Urbano, Leticia Leite. A aprovação de uma oferta no site, por exemplo, é um processo com cinco etapas.
De um ano para cá, grandes portais como Peixe Urbano, Groupon e Clickon fortaleceram sua base de clientes, marcas e sua estrutura financeira e operacional. O Peixe Urbano, por exemplo, nasceu com uma equipe de cinco pessoas e hoje soma mil empregados em quatro países. "Quando o site começou, a meta era fechar o ano de 2010 com 300 mil clientes cadastrados. Tivemos 5 milhões", disse Leticia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - Menos de dois anos após o lançamento do primeiro site de compras coletivas no Brasil, esse mercado mostra que veio para ficar, mas que não há espaço para aventureiros. Metade dos 1,6 mil sites de compras coletivas brasileiros está inativa - não divulga ofertas ou está fora do ar.
Além disso, os oito maiores portais do País concentram 85% do faturamento do setor. É o que aponta um levantamento feito em novembro pelo agrupador de ofertas SaveMe e pela consultoria e-bit, duas empresas do grupo Buscapé.
"A barreira de entrada para os negócios online é muito pequena e, para os sites de compras coletivas, menor ainda. Eles nem precisam de estoque para vender na internet", diz o sócio-fundador do SaveMe, Guilherme Wroclawski. Segundo ele, a facilidade de empreender levou a um boom de lançamentos de empresas no segmento desde março do ano passado, quando surgiu o primeiro portal do gênero no Brasil, o Peixe Urbano. "Muitos empreendedores lançaram um domínio, mas viram que o negócio não é fácil e não tiveram fôlego para permanecer. A tendência é de consolidação", diz Wroclawski.
A empresária Magali Machado e seu marido, donos de uma pousada em Serra Negra (SP), estão no grupo de pessoas que tiveram um negócio relâmpago de compras coletivas. Depois de fazer uma oferta em um site de descontos e vender 1.000 diárias para hospedagem na pousada, o casal se animou com o modelo de negócios e decidiu empreender. Eles criaram o seu próprio portal de compras coletivas, o Planeta do Desconto, em fevereiro deste ano, mas o site suspendeu as operações cinco meses depois.
"É um negócio muito legal, que dá retorno, mas só se você tiver tempo para se dedicar exclusivamente a isso", disse a empresária. Além da pousada, o casal também é dono de duas lojas de brinquedos. "Faltou tempo para se dedicar ao site. Tivemos medo de perder algo que é certo pelo duvidoso", afirmou Magali. O Planeta do Desconto não chegou a dar prejuízo, nem lucro. "Empatamos. Mas deu muito trabalho", conclui.
Os sites pequenos ainda são a maioria no segmento de compras coletivas, mas a concorrência com os grandes deve ser mais difícil. "Os sites grandes estão crescendo mais e se distanciando dos menores. O negócio de compras coletivas parece simples, mas requer uma execução complexa", disse a diretora de comunicação do Peixe Urbano, Leticia Leite. A aprovação de uma oferta no site, por exemplo, é um processo com cinco etapas.
De um ano para cá, grandes portais como Peixe Urbano, Groupon e Clickon fortaleceram sua base de clientes, marcas e sua estrutura financeira e operacional. O Peixe Urbano, por exemplo, nasceu com uma equipe de cinco pessoas e hoje soma mil empregados em quatro países. "Quando o site começou, a meta era fechar o ano de 2010 com 300 mil clientes cadastrados. Tivemos 5 milhões", disse Leticia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.