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Livros digitais podem ser oportunidade de negócios

O mercado é bom para quem já conhece a área editorial, diz especialista

Usuário do Kindle poderá emprestar livro digital para amigo (Divulgação/Amazon.com)

Usuário do Kindle poderá emprestar livro digital para amigo (Divulgação/Amazon.com)

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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2010 às 09h19.

São Paulo - Quem vê no crescimento do mercado de ebooks uma oportunidade de abrir um novo negócio precisa ficar atento às dicas de alguns especialistas na área. Para o editor e especialista em livros digitais, autor do blog eBookReader, Ednei Procópio, é preciso ter amplo conhecimento do mercado editorial brasileiro antes de se aventurar com selos digitais.

“Eu acredito que, de cada cinco novas editoras digitais, apenas uma sobreviverá nos próximos anos. A grande dificuldade é fazer a divulgação dos livros. É mais fácil um editor de livros impressos migrar para o livro digital do que vice-versa.”

Já para Eduardo Melo, sócio da Simplíssimo, uma pequena distribuidora de livros digitais criada há apenas cinco meses, o importante é ter uma rede de relacionamentos dentro do mercado editorial. “Lógico que o conhecimento da área é muito importante, mas não fundamental para o sucesso do negócio. O empresário precisa apenas desenvolver conexões que façam o seu negócio acontecer.”

Procópio acredita que quem definirá onde e como o livro digital acontecerá no Brasil será o próprio consumidor. “Hoje quem consome livro não consome livro digital. Essa migração deverá acontecer paulatinamente e será o mercado que irá regular a velocidade em que isso irá acontecer.”

A empresária Beatriz Galvão, sócia da Ourivesaria da Palavra, uma pequena editora de livros em São Paulo, acredita tanto no livro digital que este ano irá lançar o seu primeiro título. “Criamos a empresa em 2004 com livros literários. Agora estamos lançando o primeiro título digital. A vida está cada vez mais virtual e é preciso estar em sintonia com essas transformações.”

Beatriz pretende trabalhar com os livros nos dois formatos, por enquanto. “Todo livro digital tem sua versão impressa. Nosso objetivo é oferecer o melhor conteúdo para os mais diversos públicos.”

Ela acredita que as grandes editoras deveriam ter tomado à frente na questão dos ebooks. “Eles estão perdendo tempo com essas discussões sobre o quanto vão ganhar e deveriam perceber que os tablets estão chegando ao mercado e todo mundo vai começar a usar. O brasileiro é muito adaptável às novas tecnologias”, diz.

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