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Como o governo pode ajudar empresas de alto crescimento

No Brasil, menos de 35.000 empresas crescem acima de 20% ao ano, por pelo menos três anos.

Menino segurando uma lampada ideia (Rego Korosi/Creative Commons)

Menino segurando uma lampada ideia (Rego Korosi/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2014 às 14h00.

No Brasil, menos de 35.000 empresas crescem acima de 20% ao ano, por pelo menos três anos. Elas são menos de 1% das empresas do país, mas geram quase 50% dos novos empregos – cenário similar ao encontrado em outros países. Agora, felizmente, governos do mundo inteiro estão começando a prestar atenção nas necessidades próprias dessas empresas.

Dois artigos recentes ilustram as melhores formas de governos apoiarem as empresas de alto crescimento. O primeiro, realizado pela União Europeia (UE), discute políticas de apoio às empresas inovadoras de alto crescimento (HGIEs, na sigla em inglês). O segundo foi feito por professores da Universidade de Strathclyde e focou-se em políticas de suporte às empresas de alto crescimento (EACs) em geral.

De acordo com o estudo da UE, as HGIEs são mais novas que a maioria das empresas (mas não são startups) e veem o acesso a capital como um dos principais entraves ao crescimento do negócio.

O estudo observou também que a melhor maneira de apoiar as HGIEs é uma combinação de mentorias especializadas, oferta de recursos financeiros e de capacitação prática e focada. Uma vez que essas empresas estão presentes em diversos setores, cada empresa deve ter uma solução desenhada de acordo com as suas próprias necessidades.

Já o segundo estudo analisou políticas feitas para as EACs em geral, e, de acordo com os autores, quando governos quiserem ajudar essas empresas através de programas de fomento, eles devem ser:

Mais seletivos: uma parcela significativa dos recursos acaba constantemente indo para empresas com pequeno potencial de crescimento ou para empreendedores que não têm o sonho de criar grandes empresas.

Mais eficaz e específico: a qualidade do suporte é muito mais importante do que a quantidade de empresas que se consegue alcançar – dado que as EACs estão espalhadas por vários setores e regiões e que cada uma tem suas particularidades.

Mais focado em empresas já existentes: as empresas com histórico de crescimento estão mais propensas a continuar crescendo.
Incentivos fiscais só depois: uma vez que essas empresas foram identificadas, os governos deveriam considerar uma redução nos impostos só depois que essas EACs atingissem metas de crescimento previamente definidas.

Para ler os dois artigos, em inglês, clique aqui e aqui.
Artigo originalmente publicado e gentilmente cedido pela Endeavor Insights.

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