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A quem pedir ajuda para começar um novo negócio do zero?

As perguntas certas a fazer e quem procurar para iniciar um empreendimento.

Dúvidas: como tirar suas dúvidas para começar um novo negócio? (Thinkstock/eternalcreative)
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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2016 às 15h00.

Me ajude a abrir uma cervejaria artesanal
Escrito por Thiago de Carvalho, especialista em empreendedorismo

Semana passada eu comprei uma revista que trazia reportagens sobre o mundo das cervejas. Os artigos abordavam diversos temas, como as principais “escolas” cervejeiras e dicas sobre como produzir cerveja em casa.

Aprendi que existe a “escola” européia - mais tradicional, formada pelas fábricas e métodos de produção da Alemanha e Bélgica, por exemplo. Também li sobre os produtores norte-americanos, considerados mais modernos, que dão força ao movimento das microcervejarias.

A outra reportagem que me chamou a atenção era sobre como produzir cerveja em casa. #VOUFAZERCERVEJA!, pensei na hora. Empolgado com as possibilidades, comecei a tomar notas aleatórias sobre o que enfrentaria para ter uma minifábrica:

• Quem são as pessoas e livros que preciso ter contato?
• Onde vou produzir e onde vou estudar sobre o assunto?
• Quanto tempo e dinheiro preciso para fabricar o primeiro lote?
• Como lidar com a frustração que vou encontrar durante o processo?
• Como lido com as partes chatas desse trabalho?
• Com quem vou tirar as dúvidas que terei?
• Preciso fazer algum teste para conhecer minha habilidade atual?
• Assim que produzir os primeiros lotes, como ganho dinheiro com isso?

Alguns vão dizer que a última questão é a mais “empreendedora” de todas, talvez a única que trata do assunto. Mas por que esse tópico – ganhar dinheiro – apareceu na minha lista? Afinal, meu objetivo principal é produzir cerveja, não vender. Pensando um pouco sobre isso, cheguei a uma conclusão.

Ao iniciar um projeto de aprendizagem na área “da cevada”, eu automaticamente comecei a me imaginar conversando com os melhores mestre-cervejeiros, lendo os principais blogs e revistas sobre o assunto. Em alguns meses, pensei, minha produção estaria boa o suficiente a ponto de meus amigos oferecerem dinheiro em troca de algumas das garrafas.

Conforme o tempo passar, continuei, vou visitar feiras especializadas, coversarei com distribuidores internacionais e trocarei experiências sobre como melhorar os lotes que estragaram.

Embora esse seja um cenário de médio e longo prazo, antes de produzir comercialmente e me dedicar tempo integral à nova empreitada, preciso aprender o básico sobre como produzir com qualidade. E qualidade é algo relativo.

Eu e meus amigos podemos aceitar uma cerveja mediana, regular. Por outro lado, assim que o público geral entrar em contato com o produto, eles irão comparar com outras marcas e experiências que tiveram. Logo, eles não terão a mesma paciência.

Se eu quiser me destacar e transformar meu hobby em profissão, preciso aprender sobre a dinâmica do mercado que vou atuar, os recursos necessários e desenvolver habilidades como controle e planejamento.

Como existem inúmeros estágios a serem completados, em cada um deles vou precisar de um apoio específico. Além disso, quanto mais eu me especializar no assunto, mais terei dúvidas detalhadas.

Após pensar bastante, cheguei à conclusão que minhas dúvidas são as de um iniciante. Assim, vou começar a procurar por conta própria vídeos no Youtube, textos e cursos gratuitos na internet. Após ganhar um pouco de experiência, vou marcar um bate-papo com um grupo de especialistas que se reúne mensalmente em um bar perto de casa.

Também fiquei sabendo sobre uma feira de cervejas artesanais que acontece na Alemanha. Para mim, é muito cedo para gastar dinheiro com isso, já que quero ter uma noção melhor sobre o assunto antes de investir alguns milhares de dólares na viagem.

O que vou fazer, enfim, é pegar a lista de perguntas que escrevi acima e apresentar a pessoas próximas. Conforme recebo feedback das respostas, eu aprendo e peço indicações sobre outras pessoas com quem possa conversar.

Nesse meio tempo, você está convidado(a) a degustar comigo o primeiro lote.

Thiago de Carvalho é professor do Insper.

Envie suas dúvidas sobre marketing e redes sociais parapme-exame@abril.com.br.

São Paulo - Ter uma ideia de negócio inovadora é um grande desafio na hora de montar um negócio. Nessa hora, conhecer quem pensou fora da caixa pode ser útil para se inspirar.  Por isso, selecionamos 13 casos de empreendedores que tiveram ideias muito inusitadas, mas que se tornaram sua fonte de renda. Há tanto negócios com anos de experiência quanto os que foram inaugurados neste ano. Todos, porém, informam já ter um faturamento médio consolidado. Navegue pelos slides acima e confira quais são esses empreeendimentos.
  • 2. Capinhas de celular sustentáveis

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  • Veja também

    A Paubrasil uniu a tendência das capinhas para celulares com sustentabilidade e design: a partir de madeira de demolição, o negócio fabrica capinhas com desenhos próprios ou customizáveis. Também são vendidos óculos e adesivos que imitam madeira para celulares. A empresa foi criada há dois anos pelos sócios Beatriz Vallego e Cayo Sartori. Além de possuir um e-commerce próprio, a Paubrasil vende em lojas parceiras. As capinhas partem de 90 reais, os óculos partem de 330 reais e o adesivo para celular parte de 36 reais. Faturamento: o faturamento médio mensal é de 30 mil reais.
  • 3. Consultoria para quem tem filhos que não gostam de estudar

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  • O "Socorro, meu filho não estuda" foi criado em setembro de 2014 pelas educadoras e empreendedoras Roberta e Taís Bento, mãe e filha. A proposta é ajudar pais e mães a ensinaram aos filhos como ter uma relação mais prazerosa com os estudos. O negócio possui um site, em que Roberta e Taís dão conselhos por mensagens e por e-mail, sem custo aos pais e filhos. Além disso, o empreendimento tem seu próprio livro, páginas no Facebook e no Instagram e um canal no YouTube. As educadoras também oferecem palestras para professores, pais e estudantes. Faturamento: o faturamento médio mensal é de 50 mil reais.
  • 4. Comida nordestina vegana

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    As empreendedoras Mirtis e Mayara Fernandes, que também são mãe e filha, criaram um negócio para provar que a comida vegana pode, sim, ser cheia de sabor. Na Esperança Gastronomia Nordestina, aberta em julho deste ano, são elaborados pratos típicos nordestinos com ingredientes que os veganos podem consumir. Alguns dos pratos são os dadinhos de tapioca, a torta de coco com passas, o escondidinho e o baião de dois. A loja virtual será inaugurada em dezembro - hoje, o negócio funciona apenas pelo boca a boca, sem loja física também. Faturamento: cinco mil reais, na média mensal.
  • 5. Entregas feitas por ciclistas

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    A rede de franquias EcoBike Courier foi criada em 2011, com a ideia de realizar entregas de forma mais sustentável: por meio de bicicletas. Além do benefício ambiental e de saúde, a marca afirma que o custo do serviço é 30% menor do que o das entregas tradicionais. Hoje, o negócio está em sete cidades: Curitiba (lugar da primeira unidade do negócio), Porto Alegre, São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Cascavel e Recife. Faturamento: em Curitiba, uma unidade franqueada fatura 60 mil reais por mês, em média. Modelo único
    Investimento inicial:
    de 60 mil reais até 120 mil reais (varia por região)
    Prazo de retorno: 18 meses
  • 6. Festas em um ônibus

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    A Walking Party é uma franquia de ônibus-balada: o cliente pode fazer sua festa enquanto passa por pontos turísticos de um local. As unidades trabalham com aniversários, festas de 15 anos, depedidas de solteiro e de solteira e eventos corporativos, por exemplo. Também há tipos de transporte cada tamanho de festa: desde limusines até ônibus biarticulados. A rede de franquias possui 20 unidades em operação atualmente. Faturamento: o faturamento médio mensal de uma unidade é de 30 mil reais. Modelo único
    Investimento inicial:
    80 mil reais
    Prazo de retorno: 12 meses
  • 7. Kit para cultivar cogumelos em casa

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    Já pensou em ter cogumos cultivados na sua própria casa? A Mushgarden já. O negócio, criado em 2013, surgiu quando o analista de sistemas Francisco Brianezi procurava um novo hobby. Pesquisando, encontrou nos Estados Unidos um produto parecido com o que viria a ser a Mushgarden. Então, o empreendedor passou a desenvolver o produto, cultivando diversos cogumelos. Com o modelo já testado, hoje o negócio vende um kit com compostos orgânicos e um borrifador de água. Cada kit custa entre 39,90 reais e 44,90 reais. Faturamento: o faturamento médio mensal é de 25 mil reais.
  • 8. Namorado e namorada de mentira

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    O Namoro Fake é um site polêmico, no qual você pode alugar um namorado ou namorada falso para fingir estar em um relacionamento de amizade ou amoroso no Facebook. A ideia foi pensada por Flavio Estevam em 2013, após ver amigos simulando um namoro nas redes para gerar ciúmes. Há diversas opções de planos no Namoro Fake, indo de 29,90 reais até 150 reais. O site informa que já atendeu mais de 30 mil clientes de 26 países e que, no ano que vem, irá participar também da rede chinesa RenRen. Faturamento: em 2015 (até agora), o Namoro Fake faturou 400 mil reais.
  • 9. Padaria drive-thru

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    A Pão To Go é uma rede de franquias de padarias drive-thru: nelas, é possível retirar pães, frios e leite, por exemplo, sem sair do carro. O negócio foi criado em 2013, quando o empresário Tom Ricetti teve de esperar duas horas para comprar pães na véspera do Natal. A Pão To Go oferece mais de 100 produtos no seu cardápio e faz parcerias em cada local de funcionamento. Hoje, são 19 unidades em operação e outras 100 já foram comercializadas. Faturamento: o faturamento médio mensal de uma unidade é de 60 mil reais. Modelo único
    Investimento inicial:
    249 mil reais
    Prazo de retorno: 24 meses
  • 10. Pechinchador profissional

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    Em abril deste ano, os sócios Cristiane Colussi Vieira, José Ulysses Vieira e Nathalia Arcuri resolveram aproveitar a experiência que tinham em negociações financeiras para criar sua própria empresa de pechinchadores profisionais. A ideia surgiu quando Cristiane conseguiu economizar 30% do valor total da construção da sua casa, apenas pela barganha. Nessa hora, ela percebeu que havia uma falta de negociadores profissionais para pessoas físicas. Essa experiência deu tão certo que virou uma empresa: a Personal Pechincha. Após o suceso, o marido de Cristiane, José Ulysses, resolveu entrar no negócio. Nathalia, outra especialista em negociação, também aderiu. O Personal Pechincha lucra ao cobrar uma parte do desconto conseguido para seus clientes. Faturamento: o faturamento médio mensal é de 50 mil reais.
  • 11. Pedidos de casamento personalizados

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    As amigas Bruna Brito e Thaís Martarello costumavam ouvir diversas queixas sobre pedidos de casamento sem criatividade ou até inexistentes. As empreendedoras, então, resolveram organizar os pedidos de alguns amigos. Com o resultado positivo dessa operação, viram que tinham uma ideia de negócio em mãos. No ano passado ,elas largaram definitivamente suas carreiras para fundar a empresa O Pedido. O foco do negócio é apenas em planejar pedidos criativos, e não nos casamentos em si. Ao todo, mais de 50 propostas já foram elaboradas pela empresa. Faturamento: em 2015 (até agora), o faturamento é de 100 mil reais.
  • 12. Personal trainer apenas para noivas

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    Ser personal trainer é uma profissão comum atualmente. Mas o Noiva em Forma, criado pelas empreendedoras Carina Rosin e Flavia Picolo em 2010, é especializado apenas nas mulheres que têm como meta emagrecer para o casamento.  A ideia começou a ser formada depois que Carina fez sua cunhada emagrecer alguns quilos antes do casamento, em um curto período de tempo. O resultado dessa empreitada foram dez quilos a menos e uma ideia de negócio. Hoje, o Noiva em Forma atende 30 mulheres por mês e possui 16 funcionários. Os preços variam de 960 até 2000 reais por mês, dependendo da quantidade de aulas semanais. Faturamento: 50 mil reais por mês, em média.
  • 13. Salas de escape (para descontrair)

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    A Escape60 foi inaugurada em junho deste ano tendo por inspiração uma forma de divertimento comum em jogos de computador e em espaços físicos nos Estados Unidos: as salas de escape. Nelas, é preciso procurar pistas espalhadas em um ambiente para achar a solução de um mistério. Após o sucesso da primeira casa, na Vila Olímpia (São Paulo), o negócio virou uma rede de franquias. Quatro unidades franqueadas serão inauguradas até janeiro de 2016. Faturamento: uma unidade franqueada fatura 175 mil reais por mês, em média. Modelo único
    Investimento inicial:
    350 mil reais (para negócio com três salas)
    Prazo de retorno: de 18 até 24 meses
  • 14. Venda de asfalto

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    A Único Asfaltos, como o próprio nome diz, é uma franquia que pretende popularizar o uso do asfalto em ruas, praças e calçadas, no lugar do cimento. Os franqueados vendem uma massa asfaltática instantânea em sacos chamados "+Fácil Asfaltos". Na aplicação, basta preencher o local com o produto e compactar. A marca já possui 25 unidades em operação, sendo que três são próprias. Faturamento: o faturamento médio mensal de uma unidade é de 150 mil reais. Modelo único
    Investimento inicial: 264 mil reais
    Prazo de retorno: 7 meses
  • 15. Ficou inspirado? Veja como começar sua própria empresa:

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