Mão arremessa bolas de papel em cesto de lixo (Alexandre Deruiz/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 28 de abril de 2014 às 07h51.
3 pensamentos que matam ideias inovadoras
Respondido por Lourenço Bustani, especialista em inovação
Embora a inovação já seja, há muitos anos, uma realidade tentadora para as empresas, pensá-la não é missão das mais fáceis. Para cada porta que se abre, uma segunda se fecha, na tensão constante entre a mudança e o conservadorismo.
Conservar é um ativo importante, mas não quando o que se conserva é uma postura receosa, míope e ultrapassada frente ao mercado. Certas formas de pensar podem ser fatais para a inovação. Veja abaixo:
1. Insegurança
Inovação de fato só existe com uma boa dose de coragem. O medo é positivo, traz razão, maturidade, consciência, mas é preciso ir além dele, experimentando abrir mão da previsibilidade do dia a dia para dar asas ao que foge do lugar comum. Ideias inovadoras já nascem com um DNA transformador.
2. Visão de curto-prazo
Uma sociedade e um mercado cada vez mais imediatistas e apegados a métricas rasas de sucesso fizeram com que as empresas aderissem a sistemas e metas absolutamente não sintonizadas com a natureza orgânica das pessoas e do meio ambiente. A lei do dia seguinte, disposta a apenas engordar planilhas e cifras, faz com que grande parte das inovações que chegam ao mercado não sobreviva.
3. Lógica cartesiana
O método cartesiano defende que o homem alcançará a verdade apenas com base no que é certo e irrefutável, desprezando abstrações e controvérsias. Mas o que é inovar se não sentir, propor, mudar, arriscar, prototipar. As melhores inovações virão certamente das mentes a serviço dos corações.