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VW dá início ao corte de 3 933 vagas em fábricas de SP

A Vokswagen (VW) começou a reduzir o número de trabalhadores nas unidades de São Paulo na tarde desta quinta-feira (31/7). Um total de 3 933 funcionários estão sendo notificados por carta que devem deixar suas funções na linha de produção e no administrativo de duas unidades: 2 010 trabalham em Taubaté (31% do total de […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

A Vokswagen (VW) começou a reduzir o número de trabalhadores nas unidades de São Paulo na tarde desta quinta-feira (31/7). Um total de 3 933 funcionários estão sendo notificados por carta que devem deixar suas funções na linha de produção e no administrativo de duas unidades: 2 010 trabalham em Taubaté (31% do total de empregados) e 1 923, na fábrica da Anchieta (13% do total na planta). As vagas serão extintas no dia 1º de setembro.

O efetivo de quase 4 000 funcionários, cerca de 16% da força de trabalho da VW no Brasil, está sendo transferido para o Instituto Gente, braço da Autovisão, empresa criada pela VW para a geração de novos negócios e para a recolocação dos funcionários da empresa. Segundo divulgou a VW, o pagamento dos salários fica mantido até que o empregado consiga uma nova função dentro de uma unidade da VW ou em outra empresa. Estão sendo abertas duas unidades do Instituto Gente em São Paulo para receber o grupo.

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O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ligado à Central Única dos Trabalhadores (CUT), discorda das transferências. Em ambas as unidades da VW estão em vigor acordos de estabilidade firmados entre a empresa e o sindicato. Em Taubaté, o acordo vale até 2004; em Anchieta, até 2006. Para a VW, não há quebra de contrato de estabilidade e a transferência representa a melhor alternativa dentro da crise enfrentada pelo setor automotivo no Brasil e no mundo.

Ao anunciar, há duas semanas, a criação da Autovisão e a necessidade de reestruturar a produção no país, o inglês Paul Fleming, presidente da VW do Brasil, foi direto: Não temos espaço para todos os nossos funcionários. A nova empresa foi apresentada na ocasião como uma alternativa socialmente responsável para reduzir a produção no país e ao mesmo tempo não deixar sem trabalho quase 4 mil pessoas.

O acordo de estabilidade não permite transferências , diz Hélio Moreira, coordenador da comissão de fábrica na unidade da Anchieta. A Volkswagen está descumprindo acordos firmados dentro da lei. O sindicato estuda como alternativa recolher as cartas e enviá-las à matriz na Alemanha para deixar clara a posição dos empregados no Brasil em relação à proposta da companhia. Na próxima segunda-feira (4/8), os funcionários realizam assembléia para tomar uma posição em relação às transferências.

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