Negócios

Victoria's Secret muda direção após polêmica em relação ao corpo feminino

Marca tem sido criticada por descartar completamente incluir modelos transgêneros ou mulheres plus size em seu principal desfile

Victoria's Secret: mudança de direção coincide com uma perda líquida no terceiro trimestre de 2018 de 42,8 milhões de dólares do grupo L Brands, que controla a marca (Divulgação/Getty Images)

Victoria's Secret: mudança de direção coincide com uma perda líquida no terceiro trimestre de 2018 de 42,8 milhões de dólares do grupo L Brands, que controla a marca (Divulgação/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 21 de novembro de 2018 às 14h33.

Última atualização em 21 de novembro de 2018 às 14h39.

A marca de lingerie Victoria's Secret será assumida por um diretor da loja de moda nova-iorquina Tory Burch, na esperança de recuperá-la e de terminar com uma polêmica sobre sua visão da mulher, alvo de fortes críticas.

No começo de 2019, John Mehas, atual presidente de Tory Burch, sucederá a Jan Singer, cuja renúncia foi anunciada na semana passada, informou na segunda-feira, 19, o grupo L Brands, proprietário da Victoria's Secret.

"Nossa prioridade número um é melhorar os resultados da Victoria's Secret", declarou Leslie Wexner, CEO da L Brands, em um comunicado. "Nossos novos dirigentes chegam com um novo olhar e vão observar tudo - nosso marketing, a localização da marca, os talentos, a carteira imobiliária e a estrutura de custo, e o mais importante, (...) nosso sortimento", acrescentou.

Essa mudança de direção coincide com a publicação de maus resultados para o grupo L Brands: o terceiro trimestre de 2018 apresentou uma perda líquida de 42,8 milhões de dólares contra um lucro líquido de 86 milhões no mesmo período de 2017, enquanto a Victoria's Secret teve um novo declínio de vendas de 2%.

Também ocorre em um momento em que a marca foi abalada por uma polêmica sobre a escolha de modelos para seu emblemático desfile anual recentemente organizado em Nova York e que será lançado em 2 de dezembro em todo mundo.

A controvérsia é parte de uma entrevista realizada na semana passada pela Vogue com o diretor de marketing da Victoria's Secret, Ed Razek, que descartou completamente a possibilidade de integrar transgêneros, ou mulheres plus size, ao desfile. Razek também criticou novas companhias de moda como Savage X Fenty de Rihanna, e a ThirdLove, por sua posição de destacar mulheres de todos os tipos. Suas declarações provocaram uma onda de críticas nas redes sociais, e o empresário teve de se retratar

Acompanhe tudo sobre:Indústria de roupasLingerieRoupasVictoria's Secret

Mais de Negócios

Com radiologia móvel, empreendedora amplia o acesso de veterinários a laudos

Atenção, Faria Limers: startup russa investe R$ 50 milhões para trazer patinetes de volta a SP

Esse empresário falido ficou milionário vendendo pedras como animais de estimação

Modernização de fábricas e autoprodução de energia: Unipar apresenta seus avanços em ESG