Exame Logo

Variação cambial reduz lucro do ABN Amro em 23% no semestre

São Paulo, 07 de agosto (Portal EXAME) As oscilações cambiais prejudicaram o resultado do ABN Amro no Brasil, braço local do maior grupo financeiro da Holanda. O lucro líquido da unidade brasileira totalizou 439 milhões de reais no primeiro semestre, uma queda de 23% em relação a igual período do ano passado, quando o lucro […]

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

São Paulo, 07 de agosto (Portal EXAME) As oscilações cambiais prejudicaram o resultado do ABN Amro no Brasil, braço local do maior grupo financeiro da Holanda. O lucro líquido da unidade brasileira totalizou 439 milhões de reais no primeiro semestre, uma queda de 23% em relação a igual período do ano passado, quando o lucro ficou em 573 milhões de reais.

Segundo Marcos Matioli, diretor-executivo do ABN Amro, a redução reflete o impacto da variação cambial sobre as operações de hedge (proteção), realizadas na forma de investimentos no exterior. Neste tipo de operação, quando o real se valoriza, o banco precisa pagar mais impostos, o que afeta seu resultado de forma negativa. O lucro operacional, por sua vez (que mede o resultado antes dos tributos) cresceu 61,4% no período, atingindo 744 milhões de reais.

Veja também

O impacto da variação cambial pode ser medido na rentabilidade de forma geral. Os ativos totais (bens, créditos ou valores que formam o patrimônio), por exemplo, também registraram alta. Totalizaram 39,6 bilhões de reais, crescendo 7,9% em relação ao total registrado em junho do ano passado. Mas o retorno sobre os ativos projetado para o ano está em 2,3%, uma redução de um ponto percentual em relação ao ano passado. O patrimônio líquido cresceu de 3, 997 bilhões de reais para 5, 536 bilhões de reais. Mas a rentabilidade sobre o patrimônio caiu de 30,7% para 16,5%.

O total de recursos de terceiros administrados pelo banco, através de depósitos, fundos de investimento e carteiras administradas, atingiu 33,6 bilhões de redais em junho, apresentando um crescimento de 14,3% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. As alterações contábeis exigidas pela legislação relativa aos fundos de investimento provocaram uma migração dos recursos de clientes para depósitos a prazo e poupança. Os fundos registram um saldo de 15,1 bilhões de reais no encerramento do primeiro semestre, contra 17 bilhões em igual período do ano passado. Os depósitos, por sua vez, cresceram de 12,4 bilhões de reais para 18,6 bilhões de reais.

Não foi apenas no Brasil que as unidades de varejo do ABN Amro tiveram queda no resultado. O mesmo impacto foi sentido nos Estados Unidos, também por conta das operações realizadas com o câmbio. No entanto, os bancos de investimentos do grupo voltaram a ter lucros, anulando os resultados negativos no continente americano.

Em nível global, o ABN Amro anunciou um lucrou 782 milhões de euros no segundo trimestre, um crescimento de 46 por cento acima do resultado de um ano antes. Segundo divulgou a agência de notícias Reuters, o grupo projeta um lucro 15% maior neste ano, em relação a 2002. "Baseado na perspectiva para o resto do ano, nós esperamos o segundo semestre deste ano seja melhor do que o mesmo período do ano passado", disse o presidente-executivo do banco, Rijkam Groenink, em comunicado oficial.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame