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Telefónica Argentina reajusta preços em 192%

A Telefónica pôde aumentar o preço do serviço de telefonia fixa na Argentina pela primeira vez desde 2000 – por impressionantes 192%

Telefônica: aumento da tarifa de telefone fixo foi realizado após 16 anos de tarifas congeladas pelo governo (Dominique Faget/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2016 às 22h10.

Neste mês, a Telefónica pôde aumentar o preço do serviço de telefonia fixa na Argentina pela primeira vez desde 2000 – por impressionantes 192 por cento.

O aumento da tarifa de telefone fixo, de 13 pesos para cerca de 38 pesos (US$ 2,70) por mês, no segundo maior mercado da operadora na América Latina foi realizado após 16 anos de tarifas congeladas pelo governo.

O novo governo do país está alterando políticas dos governos anteriores na esperança de estimular o investimento em infraestrutura, como em redes de telecomunicações.

A liberdade para definir os preços dá à Telefónica a oportunidade de aumentar receitas e lucros e de intensificar o investimento em redes em um país com mais de 40 milhões de habitantes ávidos por serviços de vídeo e dados.

Embora a Argentina responda por mais de 6 por cento das vendas da Telefónica, que tem sede em Madri, sua contribuição para os lucros tem sido muito menor. A empresa está em um momento de mudança após vários anos problemáticos, disse Andrés Bolumburu, analista do Banco Sabadell em Madri.

“Esses são países que são afetados por situações cíclicas e quando eles melhoram, o que poderia acontecer com a Argentina agora, eles podem ser uma fonte de boas notícias”, disse Bolumburu, que recomenda comprar as ações.

Apesar de a Argentina ser o segundo mercado latino-americano da Telefónica em termos de vendas, atrás do Brasil, ele é um dos menos rentáveis.

O lucro operacional antes de depreciação e amortização na Argentina caiu de 1,7 bilhão de euros em 2000 para 1 bilhão de euros (US$ 1,1 bilhão) em 2015 e a margem Oibda é a segunda mais baixa entre os dez mercados da operadora na região.

Serviço ruim

Os usuários reclamavam da qualidade do serviço de telefone e internet da Telefónica, mas isso é parte de um problema maior na Argentina, onde o congelamento das tarifas e o baixo investimento também prejudicaram os serviços públicos.

O governo de Mauricio Macri, que tomou posse em dezembro, cortou subsídios e liberou os preços, revertendo políticas que remontam à crise financeira de 2001-2002 e aos 12 anos subsequentes de governo do casal Néstor e Cristina Kirchner.

O preço da gasolina nos postos aumentou 35 por cento neste ano e em algumas partes do país o custo da energia quadruplicou.

Em março o governo autorizou o aumento dos preços da telefonia fixa e tanto a Telefónica quanto a Telecom Argentina, sua principal concorrente, aumentaram as tarifas na mesma medida neste mês. Parlamentares convocaram as duas operadoras, assim como a unidade local da América Móvil, para uma audiência no Congresso na semana passada.

Mesmo depois dos aumentos, os preços na Argentina continuam baixos em comparação com vários outros mercados.

A Telefónica também enfrenta uma concorrência crescente no país, já que o investidor mexicano David Martínez comprou a Telecom Argentina no início deste ano e o maior conglomerado de comunicação do país, o Grupo Clarín, comprou os ativos locais da Nextel em 2015.

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Neste mês, a Telefónica pôde aumentar o preço do serviço de telefonia fixa na Argentina pela primeira vez desde 2000 – por impressionantes 192 por cento.

O aumento da tarifa de telefone fixo, de 13 pesos para cerca de 38 pesos (US$ 2,70) por mês, no segundo maior mercado da operadora na América Latina foi realizado após 16 anos de tarifas congeladas pelo governo.

O novo governo do país está alterando políticas dos governos anteriores na esperança de estimular o investimento em infraestrutura, como em redes de telecomunicações.

A liberdade para definir os preços dá à Telefónica a oportunidade de aumentar receitas e lucros e de intensificar o investimento em redes em um país com mais de 40 milhões de habitantes ávidos por serviços de vídeo e dados.

Embora a Argentina responda por mais de 6 por cento das vendas da Telefónica, que tem sede em Madri, sua contribuição para os lucros tem sido muito menor. A empresa está em um momento de mudança após vários anos problemáticos, disse Andrés Bolumburu, analista do Banco Sabadell em Madri.

“Esses são países que são afetados por situações cíclicas e quando eles melhoram, o que poderia acontecer com a Argentina agora, eles podem ser uma fonte de boas notícias”, disse Bolumburu, que recomenda comprar as ações.

Apesar de a Argentina ser o segundo mercado latino-americano da Telefónica em termos de vendas, atrás do Brasil, ele é um dos menos rentáveis.

O lucro operacional antes de depreciação e amortização na Argentina caiu de 1,7 bilhão de euros em 2000 para 1 bilhão de euros (US$ 1,1 bilhão) em 2015 e a margem Oibda é a segunda mais baixa entre os dez mercados da operadora na região.

Serviço ruim

Os usuários reclamavam da qualidade do serviço de telefone e internet da Telefónica, mas isso é parte de um problema maior na Argentina, onde o congelamento das tarifas e o baixo investimento também prejudicaram os serviços públicos.

O governo de Mauricio Macri, que tomou posse em dezembro, cortou subsídios e liberou os preços, revertendo políticas que remontam à crise financeira de 2001-2002 e aos 12 anos subsequentes de governo do casal Néstor e Cristina Kirchner.

O preço da gasolina nos postos aumentou 35 por cento neste ano e em algumas partes do país o custo da energia quadruplicou.

Em março o governo autorizou o aumento dos preços da telefonia fixa e tanto a Telefónica quanto a Telecom Argentina, sua principal concorrente, aumentaram as tarifas na mesma medida neste mês. Parlamentares convocaram as duas operadoras, assim como a unidade local da América Móvil, para uma audiência no Congresso na semana passada.

Mesmo depois dos aumentos, os preços na Argentina continuam baixos em comparação com vários outros mercados.

A Telefónica também enfrenta uma concorrência crescente no país, já que o investidor mexicano David Martínez comprou a Telecom Argentina no início deste ano e o maior conglomerado de comunicação do país, o Grupo Clarín, comprou os ativos locais da Nextel em 2015.

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