Os produtores de leite do Rio Grande do Sul querem assumir, por meio de cooperativas, o controle da unidade da Parmalat em Carazinho, na região norte do estado. Na terça-feira (17/2) foi criada em Porto Alegre a comissão que vai operacionalizar a proposta dos produtores, que pretendem apresentá-la ao governo ainda esta semana.

Segundo o delegado federal do ministério do Desenvolvimento Agrário no estado, Jeferson Miola, a idéia é que o governo federal crie instrumentos de crédito para investimentos na planta industrial da empresa - que estaria sob o comando das cooperativas em regime de comodato ou de arrendamento.

Coordenada pelo ministério, a comissão é formada por mais de 30 representantes de associações e do governo: secretaria da Agricultura e Abastecimento do estado, Ministério da Agricultura, Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), Organização das Cooperativas gaúchas (Ocergs), e Central Gaúcha de Leite (CCGL), entre outros.

Mais de 100 mil dos 400 mil imóveis rurais no Rio Grande do Sul têm na produção do leite sua principal fonte de renda. A proporção é idêntica no Paraná e Santa Catarina. A capacidade produtiva da unidade da Parmalat em Carazinho é de 1,5 milhão de litros de leite por dia. A empresa produz leite integral, desnatado, semidesnatado, condensado e reidratado, além de creme e manteiga.

Com informações da Agência Brasil