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Preço do aço deve cair apesar de taxa para importação

Para a corretora do Santander, decisão do governo de elevar imposto de importação beneficia siderúrgicas, mas não impedirá queda de preços

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) retirou da lista brasileira de exceções de tarifas para importação comum do Mercosul diversos tipos de produtos siderúrgicos. Tal medida veio de acordo com o pedido das companhias do setor e, na visão dos analistas, deve diminuir em partes a pressão sobre o preço dos produtos.

Com a mudança, as alíquotas dos impostos de importação passarão de zero para 12% para as chapas e bobinas a quente, chapas e bobinas a frio e chapas grossas de aço carbono. As barras de aço terão a taxa elevada para 14%.

A corretora do Santander, que opera separadamente do banco, estima que as chapas e bobinas a quente alcançarão um prêmio de 33% frente aos produtos importados.

Para a equipe, o aumento nas tarifas deve aliviar a pressão sobre os preços dos produtos siderúrgicos brasileiros, mas a expectativa é que continuem em declínio graças aos altos estoques e à demanda mais fraca que o esperado.

"Com essa decisão, as siderúrgicas ganham um importante espaço frente ao aço importado e podem diminuir o ritmo e a intensidade das reduções de preços de aço no mercado doméstico", avaliou a Ativa.

Analisando as companhias brasileiras separadamente, o Santander acredita que a Usiminas é quem mais se beneficia com o aumento nas tarifas de importação, principalmente com as chapas grossas, a linha que era mais prejudicada com os importados.

Conforme ressaltaram os analistas, em 2008, 65% da receita total da Usiminas teve origem nas vendas de produtos retirados da lista de exceção do governo no mercado doméstico, quase o dobro da porcentagem da CSN.

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