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Petrobras pode reduzir consumo para liberar gás para termelétricas

Refino de petróleo e produção de matérias-primas para fertilizantes seriam as áreas afetadas

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A Petrobras pode reduzir o consumo de gás natural em suas áreas de refino e de produção de matérias-primas para fertilizantes. Com a redução, a Petrobras liberaria para as térmicas cerca de 8 milhões de metros cúbicos diários de gás natural. O corte é uma das medidas que podem ser adotadas no curto prazo para aumentar a disponibilidade de gás para as termelétricas que podem ser acionadas para suprir a geração de energia e poupar os reservatórios das hidrelétricas, castigados por um regime de chuvas abaixo do normal neste ano.

De acordo com relatório da corretora Ativa, que promoveu um encontro com o gerente executivo da área de Gás e Energia da Petrobras, Antonio Castro, a redução do consumo na área de refino acrescentaria 600 megawatts ao sistema elétrico. Num segundo momento, se necessário, o corte também na unidade de fertilizantes agregaria outros 400 MW. Segundo a empresa, para que o mercado de fertilizantes não fique desabastecido, os insumos produzidos pela Petrobras seriam substituídos por produtos importados.

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Outra providência da Petrobras para aumentar a oferta de gás às térmicas é a conclusão, prevista para fevereiro, do gasoduto Cabiúnas-Vitória. A obra permitirá injetar no sistema 5,5 milhões de metros cúbicos diários de gás, atualmente produzidos nos campos do Espírito Santo, mas sem uso comercial por falta de meios para escoá-los.

No segundo semestre, a Petrobras deverá iniciar a importação de Gás Natural Liquefeito (GNL), para o terminal de regaseificação de Pecém, no Nordeste. Para a corretora Ativa, se os prazos forem cumpridos, o GNL representaria um alívio para a geração de energia no Nordeste, onde os reservatórios apresentam a situação mais crítica. Os efeitos positivos, porém, só seriam sentidos no próximo ano. "Não observamos o GNL como uma válvula de escape para o risco de racionamento de 2008", afirma o relatório da corretora.

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