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Perdigão tem a maior alta do Ibovespa

Mesmo negada pela empresa, notícia de que ela estaria em negociação de venda para a americana Kraft Foods impulsiona os papéis da companhia

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A ação ordinária (ON) da Perdigão registra nesta quarta-feira (05/11) a maior alta dentre as ações que compõem o Ibovespa, com ganhos de quase 6%. Às 11h45, o papel ON da Perdigão subia 5,75%, cotado a R$ 46,00, e registrava o terceiro maior volume financeiro do dia até o momento, com um giro de R$ 50,886 milhões.

A elevação é reflexo da notícia de que, cerca de um mês após ultrapassar a concorrente Sadia e conquistar a liderança no mercado brasileiro de alimentos, a Perdigão estaria em negociação para vender seus papéis à gigante americana Kraft Foods.

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A suposta negociação foi noticiada na edição desta quarta-feira do jornal Valor Econômico e provocou impacto no mercado por surgir num período em que a empresa tenta fortalecer sua estratégia de diversificação e anuncia aquisições de outras companhias.

Ainda nesta manhã, a Perdigão enviou à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) uma resposta sobre o possível negócio. Na nota, a empresa afirma ter sido "surpreendida com a referida notícia" e diz que "não recebeu e não tem conhecimento de qualquer informação acerca dos fatos nela veiculados".

A companhia estrangeira estaria em negociação para fazer uma oferta de compra pela Perdigão e os controladores da empresa brasileira já teriam demonstrado interesse em vendê-la. O controle da Perdigão foi pulverizado em 2005, mas os fundos de pensão que controlavam a alimentícia - entre eles o Petros, dos funcionários da Petrobrás, o Previ, dos funcionários do Banco do Brasil, e outros privados, como Valia, Sistel, Real Grandeza e Sabiá - ainda mantêm um acordo de voto válido, para os próximos quatro anos.

As conversas sobre a aquisição estariam ocorrendo num tom amigável, oposto ao clima hostil que caracterizou a oferta mais recente oferta de compra da Perdigão, feita pela Sadia, em julho de 2006, mas rejeitada por oferecer um valor avaliado como baixo demais. A abordagem mais amena poderia colaborar para o negócio, uma vez que, para comprar mais de 20% das ações, a Kraft teria de fazer uma oferta a todos os acionistas.

Embora ainda não haja qualquer compromisso de acordo, o tema teria chegado ao Palácio do Planalto e provocado resistência de membros governistas, que se opõem à idéia de ver uma empresa controlada por fundos de pensão de empresas estatais nas mãos de uma multinacional - eles prefeririam que outra brasileira comprasse a Perdigão.

Com informações da Agência Estado.

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