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Para comprar Azaléia, Vulcabrás toma empréstimo de R$ 314 mi do BNDES

Empresa terá carência de dois anos para começar a pagar a dívida, contraída para financiar o negócio realizado no fim de 2007

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Representante exclusiva da inglesa Reebok no Brasil e dona de marcas como Olimpikus e Dijean, a Vulcabrás recebeu nesta quarta-feira (09/01) a autorização para tomar um empréstimo de 314 milhões de reais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com o objetivo de financiar a compra de uma das marcas mais conhecidas do mercado brasileiro, a fabricante de calçados Azaléia.

A Vulcabrás adquiriu o controle acionário da concorrente em dezembro do ano passado, por meio da sua subsidiária integral Vulcabrás do Nordeste. Em julho de 2007 a companhia já havia demonstrado interesse no negócio, ao comprar uma fatia de 15% da Azaléia.

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Pelos termos do contrato com o BNDES, a Vulcabrás terá 24 meses de carência, a partir de 15 de janeiro deste ano. Em 15 de fevereiro de 2010, a empresa passará a pagar em parcelas mensais o principal da dívida, que deve ser quitado até a mesma data de 2018. Os juros pelo empréstimo ficarão em valores anuais de cerca de 4% acima da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).

No mesmo Fato Relevante em que informa sobre o empréstimo, a Vulcabrás também divulga ter recebido autorização do BNDES para subscrição de 1,17 milhão de debêntures conversíveis em ações, no valor unitário de 100 reais. Cada debênture poderá ser convertida em 2,86 ações ordinárias, ao preço de 34,90 reais por ação, e terá prazo de vencimento de dois anos, com taxa de juros anual de 3,02% acima da TJLP. A emissão ainda precisa ser submetida à Assembléia Geral de Acionistas, marcada para 14 de janeiro.

Com a compra da Azaléia, a Vulcabrás tornou-se a maior empresa de calçados e artigos esportivos da América Latina, com faturamento conjunto de mais de 1 bilhão de reais ao ano. A criação da gigante calçadista representa uma consolidação do setor, afetado desde 2005 pela valorização do real, que reduziu a competitividade do produto brasileiro no exterior.

Nesse contexto, a Azaléia destaca-se por exportar 18% de sua produção diária de 160 mil pares de calçados. Com sede em Parobé, a 80 quilômetros da capital gaúcha, e outras três unidades de produção no Brasil, espalhadas por Rio Grande do Sul, Bahia e Sergipe, a companhia conta com unidades comerciais próprias nos EUA, Chile, Colômbia e Peru.

Em julho do ano passado, a Vulcabrás já havia comprado a fabricante argentina de calçados esportivos Indular Manufacturas, de porte bem mais modesto - cerca de 570 funcionários.

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