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1. Osklen, a marca de inverno que nasceu no Brasil
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São Paulo - Aos 25 anos, o médico gaúcho Oskar Metsavaht aceitou o desafio de participar de uma expedição ao monte Aconcágua, na Cordilheira dos Andes. Entre suas responsabilidades estava a procura de uma roupa adequada para o grupo de alpinistas. Sem encontrar nenhuma alternativa no Brasil, fez manualmente dez casacos com um tecido ideal para prática de esportes de inverno, desenvolvido por ele. Impermeável, o tecido mantinha o corpo aquecido e permitia a evaporação do suor. Na volta da viagem, Metsavaht teve de fazer mais casacos a pedidos de amigos. Três anos depois, em 1989, ele decidiu abrir a primeira loja da marca Osklen e, se vender roupas para neve no Brasil já soava estranho, Oskar tornou a situação ainda mais inusitada: a loja foi aberta na praia de Búzios, no Rio de Janeiro Além dos casacos, o catálogo incluía também mochilas, camisetas e bermudas para um público que frequentava a praia fluminense, mas também visitava países frios. Hoje, Osklen é tida como uma grife internacional de luxo com presença na Europa, Estados Unidos e Ásia.
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2. Red Bull, o tônico tailandês que ganhou asas
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“Um copo disso e seu cansaço vai embora”, garantiu o motorista de táxi tailandês a caminho do aeroporto. Sem pestanejar, o austríaco Dietrich Mateschitz aceitou a bebida, que logo aguçou seu faro para bons negócios. Tratava-se de um líquido que continha, entre outras substâncias estimulantes, cafeína e taurina, uma mistura popular na Tailândia entre profissionais submetidos a longas jornadas de trabalho. Foi assim que Mateschitz se tornou dono da Red Bull, no início dos anos 80. Além de acreditar no potencial do produto, ele precisou ser perseverante. O empresário demorou três anos para que conseguisse a licença de fabricação do produto no mercado austríaco. Também pudera: desconhecida, a bebida continha uma dose de cafeína três vezes maior do que um refrigerante comum. Finalmente, em 1987, o energético chegou ao mercado.
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3. Crocs, da pescaria para o mundo
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Em uma de suas pescarias, os amigos americanos Lyndon "Duke" Hanson, Scott Seamans e George Boedecker tiveram a ideia de criar um sapato antiderrapante para ser usado no barco. Desenvolveram então um calçado antiaderente e confortável feito de uma resina de célula fechada. O modelo chamou a atenção dos outros amigos de pescaria do grupo, que passaram a fazer encomendas do modelo – pedidos que cresciam cada vez mais na base do boca a boca. E foi assim, sem nunca ter feito um anúncio publicitário, que a fabricante de sandálias Crocs se tornou uma febre de consumo entre adultos e crianças do mundo todo. No primeiro ano da operação, em 2002, a companhia amealhou uma receita de 24.000 dólares. Cinco anos depois, as vendas atingiram 847 milhões de dólares, um aumento que extrapolou qualquer projeção de analistas. Porém, o crescimento vertiginoso fez com que a direção da empresa errasse a mão na gestão, a ponto da Crocs ter aumento de vendas e um prejuízo de quase 185 milhões de dólares, em 2008.
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4. eBay: tudo pode ser vendido num leilão
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O programador Pierre Omidyar decidiu, no dia 3 de setembro de 1995, testar um negócio no mínimo inusitado: vender uma caneta com laser quebrada (aquelas usadas para apontar uma luz vermelha nos painéis de palestras e apresentações) por meio de um leilão na internet. A ideia, batizada na época de AuctionWeb, foi colocada dentro de um site pessoal de Omidyar junto de outras páginas, inclusive em uma sobre o vírus Ebola escrita em persa – a língua primária do programador, que é iraniano. O mais impressionante é que Pierre conseguiu se livrar do produto por pouco mais de 13 dólares. Antes de fazer a entrega, ele questionou o comprador sobre o motivo da compra e ouviu: "Eu sou um colecionador de lasers quebrados". Vendo que dessa forma poderia negociar qualquer coisa, Omidyar investiu no site e viu seu negócio crescer absurdamente em pouco tempo. Nascia o eBay, o primeiro site de leilões virtuais do mundo. Em 1996, cerca de 250.000 itens estavam à venda no site, número que saltou para 24 milhões em um ano. Atualmente seus 89,5 milhões de usuários movimentam cerca de 60 bilhões por ano em vendas. Entre os produtos já oferecidos constam a polêmica virgindade de uma garota, um fantasma preso em um frasco, a avó de uma menina de dez anos (esse anúncio teve de ser excluído por se tratar de tráfico de pessoas), imagens de seres divinos em alimentos (exemplo: Jesus em uma batata) e até a vida de um homem, incluindo sua casa mobiliada, vendida por 1.800 euros.
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5. Wish Room, o sutiã para homens
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Vestir sutiãs pode fazer com que os homens se tornem mais sensíveis e ganhem uma visão sobre como é ser uma mulher. Pelo menos é isso o que defende Akiko Okunomiya, diretor executivo da fabricante japonesa de sutiãs para homens Wish Room. E o curioso é que muitos homens concordam com a afirmação, visto o sucesso de vendas do produto, que conta com um site para encomendas desde meados do ano passado. A Wish Room vendeu 300 sutiãs online em menos de duas semanas, e virou assunto até nos jornais conservadores do Japão. No endereço, lingeries para homens se misturam com as voltadas para mulheres, mas não é visível a distinção entre elas. As peças para eles também têm direito a bordados, lacinhos, bojo e estampas florais. A página da empresa é a:
http://www.wishroom.net (provavelmente será preciso ajuda de um tradutor na Internet para encontrar os produtos).
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6. Twitter e as informações alheias
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Quem acreditaria que um microblog com o objetivo original de saber o que as pessoas estão fazendo receberia 155 milhões de dólares em investimentos no ano passado? Pois a receita do Twitter vingou a ponto de a rede receber cerca de 55 milhões de visitantes do mundo todo por mês. No endereço, é possível s publicar e trocar mensagens de até 140 caracteres, tanto com a moça que vende trufa na empresa como com Bill Gates, Dalai Lama, Eike Batista e Abílio Diniz. O conceito do Twitter foi desenvolvido em meados dos anos 90 pelo programador americano Jack Dorsey. O projeto só deslanchou em 2006, quando Jack Dorsey firmou parceria com Biz Stone e Evan Williams (fundador do Blogger). Atualmente, o Twitter tem um valor estimado no mercado de cerca de 250 milhões de dólares. Mas o potencial do negócio é muito maior. No ano passado, o serviço rejeitou uma oferta de compra por parte da rede social Facebook, que ofereceu por ele 500 milhões de dólares.
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7. Chilli Beans abre o caminho das lentes coloridas
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7/8 (Mário Rodrigues/Reprodução)
Até a Chilli Beans ser criada pelo empresário Caito Maia, em 1996, o mercado de venda de óculos no Brasil se dividia basicamente em duas fatias: peças importadas vendidas a um preço salgado em shoppings ou grandes galerias; e produtos piratas ou de contrabando, encontrados em camelôs. Maia decidiu mirar no meio do caminho desses dois mundos – óculos de sol chineses, com design moderno e preços populares, vendidos em quiosques dentro de shoppings. Deu certo. Lentes coloridas e lançamentos semanais chamaram a atenção do público jovem, que popularizava a marca no boca a boca. Depois do sucesso, a visão empreendedora de Maia foi além. Spray limpa-lentes, estojo rígido, flanela, presilha porta-óculos para carro e uma linha de relógios da marca passaram a ser integrar o portfólio da empresa. Recentemente, até uma máquina de vendas de óculos foi lançada pela empresa, com a possibilidade dos clientes experimentarem as peças por meio de tecnologia 3D. O curioso é que a Chilli Beans não fabrica um óculos sequer dos 1,5 milhão vendidos por ela anualmente no Brasil, Panamá, Portugal e Estados Unidos. Os produtos são trazidos de 49 fornecedores da Ásia, Estados Unidos e Itália.
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8. Coca-Cola, de remédio de enxaqueca para marca global
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8/8 (Mário Rodrigues)
O farmacêutico John Pemberton buscava uma espécie de tônico para combater a dor-de-cabeça quando chegou a um concentrado à base de noz-de-cola, folhas de coca e outros ingredientes e o chamou de Coca-Cola. Era 1886, ano que marcava a mudança de comportamento dos americanos em busca de bebidas sem álcool – era o momento certo para colocar uma novidade no mercado. Na época, o produto com água carbonada era servido em copos de vidro e misturados na hora de servir. Cinco anos depois, Pemberton vendeu os direitos de comercialização da Coca-Cola para Frank Robinson que, no mesmo ano, vendeu a fórmula para o empresário Asa Griggs Candler por 2.500 dólares. Foi nas mãos desse novo dono que o produto ganhou agressivas táticas de publicidade nos Estados Unidos para, anos depois, conquistar o mundo. A evolução da marca pode ser acompanhada pela evolução de suas embalagens, que passaram de copos para garrafas de vidro em vários designs até a atual versão em plástico e lata de alumínio.