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Nestlé é eleita a Empresa do Ano por Melhores e Maiores de EXAME

A Nestlé foi escolhida a Empresa do Ano na 29o edição da publicação Melhores e Maiores, da Revista EXAME. Um ano após ter assumido a presidência da Nestlé no Brasil, transferido da subsidiária do grupo suíço no México, o economista Ivan Fábio Zurita, de 49 anos, está levando adiante seu objetivo: manter ou retomar a […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

A Nestlé foi escolhida a Empresa do Ano na 29o edição da publicação Melhores e Maiores, da Revista EXAME.

Um ano após ter assumido a presidência da Nestlé no Brasil, transferido da subsidiária do grupo suíço no México, o economista Ivan Fábio Zurita, de 49 anos, está levando adiante seu objetivo: manter ou retomar a liderança da empresa nas 12 áreas do setor de alimentos em que atua.

"Além de ganharmos participação de mercado em 85% das categorias em que atuamos, em 2001 conseguimos pela primeira vez na história da companhia superar a marca de 1 milhão de toneladas produzidas", afirma Zurita.

No ano passado, a Nestlé obteve aumento real de 5% em suas receitas, para 2,51 bilhões de dólares, e registrou lucro de 79,5 milhões. Com esse desempenho, levou primeiramente o título de melhor do setor pelo segundo ano consecutivo, contando também com pontos de bonificação por ter figurado na edição 2001 do Guia Exame -- As 100 Melhores Empresas para Você Trabalhar e do Guia Exame de Boa Cidadania Corporativa.

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira na Editora Abril, que edita a EXAME, Zurita afirmou que a empresa pretende crescer 4% neste ano. "Nosssa meta é crescer o dobro do PIB, mesmo que o país não cresça 2%", afirmou. "Para 2006, nossa meta é atingir um faturamento de R$ 10 bilhões e de R$ 6,5 bilhões neste ano."

Para Zurita, as empresas precisam ser mais competitivas. E, segundo ele, a forma de a Nestlé conseguir isso é mantendo os investimentos em desenvolvimento e tecnologia. "Oportunidades existem sempre. E o reconhecimento da EXAME mostra que conseguimos uma boa performance", disse. "Somos insaciáveis e temos de crescer a cada dia." Para ele, a forma de crescer corretamente é com crescimento sustentado e não com cortes _"a forma mais fácil".

Para sacudir a empresa, Zurita reestruturou as áreas de marketing e de vendas, buscando mais agressividade comercial. O bom desempenho teve outro combustível: a campanha de 55 milhões de reais para comemorar os 80 anos da Nestlé no Brasil, com sorteio de 100 casas. Segundo Zurita, esse esforço proporcionou um incremento de 22% às vendas entre agosto e dezembro de 2001, em comparação com o mesmo período de 2000.

Com a compra da Garoto, Zurita mostrou que, de fato, veio para apertar o passo da Nestlé no país. Nessa aquisição, segundo estimativas do mercado, a empresa investiu cerca de 550 milhões de reais, dos quais 70% vieram da matriz. O negócio, ainda não aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no Brasil.

A Nestlé tem como meta quadruplicar as vendas para o mercado externo em quatro anos. Em 2002, planeja crescer em mais de 60% a exportação, para 140 milhões de dólares. A empresa deu partida em junho último a um investimento de 95 milhões de reais para construir, em Araras, no interior paulista, o maior centro de produção de café solúvel do mundo.

As melhores

As 500 maiores empresas brasileiras venderam mais no ano 2001, mas lucraram menos. Esse é o resultado da pesquisa feital pela revista EXAME, para o anuário Melhores e Maiores.

Levantamento feito pela Fipecafi, departamento de pesquisas da FEA/USP, mostra que, no balanço consolidado, as 500 maiores empresas brasileiras faturaram US$ 278,53 bilhões ou 5,8% mais que o ano 2000. Ao mesmo tempo, as dívidas aumentaram 8,6%, e os ativos diminuíram 0,74%. Os lucros tiveram o pior desempenho: queda de 56,62%, passando de US$ 8,42 bilhões para US$ 3,65 bilhões. Fatores externos como a crise argentina e o atentado terrorista aos Estados Unidos, além da crise de energia foram os responsáveis pela queda no resultado financeiro das empresas.

A liderança do faturamento ficou com o setor automotivo, somando US$ 30,57 bilhões em vendas no ano passado. O segundo lugar ficou com o segmento de atacado e comércio exterior, que movimentou US$ 30,29 bilhões, seguido por comércio varejista e telecomunicações, com US$ 28,27 bilhões e US$ 27,32 bilhões, respectivamente.

Conheça agora as empresas vencedoras nos 22 setores analisados por Melhores e Maiores de EXAME:


As melhores
Os
setores
As
maiores
Nestlé
Alimentos
Bunge
Alimentos
Bahiagás
Atacado
e Comércio Exterior
Petrobrás
Distribuidora
EmbraerAutomotivo
Volkswagen
CBB/Ambev
Bebidas
CBB/AmBev
CEGComércio
varejista
Pão
de Açúcar

M. Officer
Confecções
e têxteis
Vicunha
Têxtil
Geral-Damulakis
Construção
Norberto
Odebrecht
Stemac
Eletroeletrônico
Siemens
Medley

Farmacêutico

Aventis Pharma
Indústrias
Reunidas Raymundo da Fonte
Higiene,
limpeza e cosméticos
Unilever
Cimento
Itambé
Material
de construção
Cimento
Rio Branco
Voith
Siemens Hydro
Mecânica
ABB

MRN
Mineração
Vale
do Rio Doce
Internacional
Paper
Papel
e celulose
VCP
Providência

Plásticos e borracha
Pirelli
Pneus
Petrobrás
Química
e petroquímica
Petrobras
TAM
Linhas Aéreas
Serviço
de transporte
Varig
Redecard
Serviços
diversos
Credicard
Correios
Serviços
públicos
Furnas
Latasa
Nordeste
Siderurgia
e metalurgia
CSN
HP
Brasil

Tecnologia e computação
IBM
Telegoiás Celular
Telecomunicações
Telefônica
São Paulo

O anuário Melhores e Maiores de EXAME pesquisa desde o ano passado as empresas que foram destaques na sua região. Nesta edição foram escolhidas:

- Região Sul: Tractebel Energia, de Santa Catarina, do setor de serviços;

- Região Norte-Nordeste: Semp Toshiba Informática, da Bahia, do setor industrial;

- Região Centro-Oeste: CTIS Informática, de Brasília, do setor de serviços;

A 29ª edição da publicação Melhores e Maiores 2002 chega às bancas no início de julho. O mais importante anuário de economia e negócios do país é coordenado pelo jornalista José Roberto Caetano, editor da revista EXAME, e apresenta neste ano o tema "Como as Empresas estão se Preparando para Crescer".

Para eleger as melhores empresas e analisar a saúde financeira das 500 maiores companhias do país, os consultores Nelson Carvalho e Ariovaldo dos Santos, da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras da Universidade de São Paulo (Fipecafi), avaliaram mais de 3 000 demonstrações contábeis.

O desempenho dessas organizações foi medido a partir de critérios de avaliação como: liderança no mercado, investimentos sociais e em recursos humanos, crescimento das vendas, rentabilidade do patrimônio, liquidez corrente, investimento no imobilizado e riqueza criada por empregado.

Desde a edição anterior de MM, as empresas recebem bônus especiais por sua atuação nas áreas social e de recursos humanos. Dessa forma, as companhias que constam do Guia Exame - As Melhores Empresas para Você Trabalhar, publicado em 2001, receberam uma pontuação diferente na elaboração do ranking de MM: as 10 primeiras contaram com 100 pontos a mais e as 90 restantes receberam 50 pontos extras cada uma. Da mesma forma, as dez companhias modelo listadas no Guia Exame de Boa Cidadania Corporativa foram contempladas com uma bonificação adicional de 100 pontos.

Com base nesse levantamento, são montados os rankings regionais e setoriais e a lista das 500 maiores empresas privadas em atividade no Brasil, por vendas. Em seguida, são identificadas a maior e a melhor companhia de cada um dos 22 setores da economia brasileira e, entre as melhores, é selecionada a Empresa do Ano. A publicação Melhores e Maiores apresenta outros rankings específicos: as maiores empresas por patrimônio, as que mais cresceram, as mais rentáveis, as menos endividadas, as maiores empregadoras, as que saíram do vermelho, as que mais pagaram impostos e salários e as que produziram maior riqueza por empregado.

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