MRV promete melhora das margens em 2013

Rio de Janeiro - A MRV Engenharia espera uma melhora em suas operações em 2013 para reverter a tendência de queda em seus resultados no ano passado, quando seu lucro recuou 30 por cento, o que derruba as ações da companhia nesta sexta-feira.

"Daqui para a frente, a gente vê uma tendência (das margens) de não cair mais. Pelo contrário, elas vão começar a subir relativamente", afirmou nesta sexta-feira o presidente-executivo da companhia Rubens Menin, em teleconferência com analistas.

O executivo admitiu que as margens do ano passado foram as piores da empresa. A MRV não cumpriu a estimativa de vendas traçada para 2012 -- de 4,5 bilhões a 5,5 bilhões de reais.

No período, o lucro recuou 30,6 por cento, a 528 milhões de reais, enquanto no quarto trimestre, na comparação anual, caiu 44,9 por cento, a 155 milhões de reais e abaixo da previsão de analistas.

No ano, a margem Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em 19 por cento, queda de 7 pontos percentuais ante 2011. A margem bruta caiu 3,1 pontos percentuais, para 27,9 por cento no período.

Segundo Menin, a empresa foi atingida por ter optado em 2011 por preços competitivos para cumprir metas de vendas, o que pressionou as margens. Além disso, a companhia também já está se organizando melhor para os orçamentos de obra, que não devem ter mais estouro de custo.

"A gente está trabalhando para retomar as margens nos níveis históricos (...). Mesmo não entregando tudo no próximo trimestre, melhorias serão sentidas ao longo de 2013", disse o vice-presidente financeiro da companhia, Leonardo Corrêa.

Na sequência da divulgação dos resultados, as ações da empresa perdiam 7,2 por cento, a 9,89 reais (às 13h29, horário de Brasília), enquanto Ibovespa operava perto da estabilidade.

"A MRV apresentou resultados fracos do quarto trimestre, com queda de 11 por cento na receita trimestre a trimestre, devido aos menores lançamentos de 666 milhões de reais e venda abaixo de sua projeção", disseram o analistas do Banco Espírito Santo Eduardo Silveira e Frederico Mendes, em relatório. (Por Juliana Schincariol)