O pedido de concordata preventiva da fabricante nacional de computadores Metron foi aprovado pela Justiça de São Paulo. A solicitação havia sido feita em setembro do ano passado.

De acordo com a decisão da juíza Elia Bulman, da 40ª Vara Cível, todas as ações e execuções de falência contra a Metron foram canceladas. A credora Alphatronic S/A foi escolhida para o cargo de comissário o qual acompanha o plano de reestruturação que deverá ser apresentado pela fabricante num prazo de dois anos. A consultoria Valuation Group foi contratada para ajudar na elaboração.

A Metron, de capital 100% nacional, foi uma das líderes de mercado nos anos de 2001 e 2002, mas passou a ter problemas financeiros no segundo semestre de 2002, com a desvalorização cambial. De acordo com a empresa, acordos fechados previamente à mudança nas moedas a obrigaram a entregar produtos pela metade do preço.

A empresa declarou um passivo de cerca de 80 milhões de reais, possuindo, além do seu ativo fixo, estoque e produtos acabados, uma forte marca registrada, avaliada em 2003 por aproximadamente 50 milhões , diz Pereira Filho. Na decisão que deferiu a concordata, a juíza nomeou perito especializado para elaborar laudo atualizado do valor da marca.