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Mercado aposta em Luiz Eduardo Falco, da Oi, para presidir a TAM

Depois de dois anos à frente da TAM, o administrador paulista Daniel Mandelli Martin, de 50 anos de idade, anunciou nesta quinta-feira (14/8) que está deixando a presidência da empresa e do seu conselho de administração - uma decisão que surpreendeu funcionários e fornecedores da TAM. Martin assumiu o comando da companhia logo após a […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Depois de dois anos à frente da TAM, o administrador paulista Daniel Mandelli Martin, de 50 anos de idade, anunciou nesta quinta-feira (14/8) que está deixando a presidência da empresa e do seu conselho de administração - uma decisão que surpreendeu funcionários e fornecedores da TAM. Martin assumiu o comando da companhia logo após a morte do comandante Rolim Adolfo Amaro, fundador da empresa, em julho de 2001. Casado com Leny, irmã de Rolim, Martin oficialmente alega que sua saída da empresa acontece por motivos de foro íntimo . Pessoas ligadas à TAM, porém, dizem que há algum tempo ele e a família de Rolim vinham divergindo quanto aos rumos da TAM e à possível fusão com a Varig. Ontem à noite, Martin e Noemy Amaro, viúva de Rolim e principal acionista da empresa, teriam tido uma discussão. Esta teria sido a gota d água.

Nos últimos tempos, Martin estava visivelmente abatido. Fumava um cigarro após o outro. À pessoas próximas, confidenciava que o processo de fusão o estava desgastando. Já estou cansado disso , disse a um grupo de interlocutores na semana passada. Além de participar da articulação da fusão - um imbróglio que se arrasta há seis meses - o executivo vinha se dedicando a promover uma grande reestruturação na TAM. Ele estava apertando todos os setores da empresa para serem mais produtivos , diz um fornecedor. O resultado dessa reestruturação é que a companhia saiu do vermelho e obteve um lucro de 100 milhões de reais no primeiro semestre desse ano.

A pergunta mais importante agora é: quem vai substituir Martin?

A principal aposta do mercado é Luiz Eduardo Falco, atualmente à frente da Oi. Ex-vice-presidente comercial e de marketing da TAM, Falco deixou a companhia logo após a morte do comandante Rolim. Na época, o mercado creditou sua saída ao fato de ter sido preterido na sucessão. Dentro da TAM, os rumores são de que Falco já teria sido convidado para assumir o comando da empresa. A assessoria de imprensa da Oi nega qualquer convite.

De certo, o que se sabe é que a substituição deve ser feita rapidamente. Imersa num processo de fusão e numa reestruturação, a TAM não pode ficar no piloto automático. E, ao contrário do que aconteceu depois da morte de Rolim, o substituto deve mesmo vir de fora. A TAM não tem hoje uma pessoa preparada para assumir a presidência , diz um executivo próximo da empresa.

O outro possível sucessor é Luiz Antônio Viana, ex-presidente da BR e da Net. Há pouco mais de um mês, Viana assumiu uma cadeira no conselho de administração da TAM, representando a família Amaro. A seu favor, Viana contaria com dois fatores. O primeiro deles, é que já está próximo da empresa. O segundo, que como desligou-se da Net em janeiro passado, e desde então não assumiu outra empresa, a transição poderia ser feita rapidamente.

Interinamente, Antonio Luiz Teixeira de Barros Júnior, vice-presidente do conselho de administração, assume a presidência do conselho. Uma assembléia será convocada nos próximos dias (a data ainda não está definida) para empossar Noemy Amaro na presidência do conselho e indicar o nome do novo presidente executivo da empresa.

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