São Paulo, 27 de outubro (Portal EXAME) O Bradesco, maior banco privado nacional, anunciou hoje um lucro de 564 milhões de reais no terceiro trimestre. Esse resultado representa um crescimento de 8,5% em relação ao segundo trimestre do ano, e um aumento de 34,3% no resultado frente ao terceiro trimestre de 2002. Nos 9 primeiros meses do ano, o Bradesco lucrou 1,59 bilhão de reais, ante 1,32 bilhão no mesmo período de 2002.

O aumento do lucro veio principalmente de operações de tesouraria com títulos da dívida pública e da cobrança de tarifas. O resultado com títulos e valores mobiliários cresceu 132% no trimestre para 2,3 bilhões de reais. Já as receitas de prestação de serviços avançaram 9,2%, para 1,18 bilhão de reais.

Segundo um comunicado distribuído pelo banco, a demanda por crédito permaneceu fraca, mas verificamos o início de uma perspectiva de crescimento da carteira para o último trimestre do ano. A carteira de empréstimos do Bradesco era de 52,7 bilhões de reais no fim de setembro, uma queda de 0,5% em relação ao trimestre anterior. A carteira ainda está 52% abaixo do total de empréstimos do mesmo período do ano passado.

As despesas de pessoal e administrativas do Bradesco cresceram para 2,5 bilhões de reais, um aumento de 10,3% em relação ao trimestre anterior e de 15,1% em relação ao mesmo período de 2002. O dissídio assinado em outubro aumentou as despesas de pessoal em 171 milhões de reais, incluindo-se aí 98 milhões de reais devidos ao pagamento único de um abono.

O banco anunciou também que concluiu as incorporações do Mercantil de São Paulo e do BBV, e que o BCN será incorporado no primeiro trimestre de 2004.