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Lucro da Glaxo Smithkline cai devido à competição com genéricos

Quebra das patentes dos dois principais medicamentes antidepressivos da empresa permitiu concorrência com os genéricos

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

O laboratório britânico Glaxo Smithkline registrou queda de 8% no lucro antes de impostos no terceiro trimestre, em relação a igual período do ano passado. Segundo relatório divulgado nesta quinta-feira (28/10) pela empresa, os ganhos somaram 1,52 bilhão de libras, contra 1,66 bilhão entre julho e setembro de 2003. Conforme a Glaxo, o desempenho foi prejudicado pela concorrência de seus dois principais antidepressivos com produtos genéricos.

No ano passado, a companhia teve quebradas as patentes dos antidepressivos Wellbutrin SR e Paxil IR, dois dos mais vendidos medicamentos da Glaxo. Desde então, a disputa com os genéricos pressiona os números da empresa. Nos nove primeiros meses do ano, a empresa estima que perdeu 1,2 bilhão de libras em vendas devido ao avanço dos genéricos, conforme o jornal britânico Financial Times.

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"Como o impacto da concorrência dos genéricos do Paxil está diminuindo, esperamos aumentar nossos ganhos no quarto trimestre e durante 2005", afirmou o executivo-chefe da Glaxo, J . P . Garnier, ao Financial Times. Garnier também informou que a empresa prepara o lançamento de uma nova linha de produtos nos próximos seis meses, a fim de recuperar parte das perdas.

No curto prazo, porém, a grande batalha da Glaxo é jurídica. Segundo as regras da União Européia, é livre o trânsito de medicamentos entre os países-membros, mas cada governo tem o poder de determinar o preço de venda dos remédios em seu território. Devido às disparidades de preços, os grandes atacadistas passaram, então, a comprar os produtos em países onde são mais baratos, como a Espanha e a Grécia, para revendê-los nos mercados mais valorizados, como a Alemanha.

Com isso, a concorrência entre os genéricos e os produtos patenteados fica mais acirrada. Segundo a Associação das Indústrias Farmacêuticas da Europa, estima-se que essa prática movimente cerca de 3,5 bilhões de euros por ano.

No Brasil, o mercado de genéricos tem cerca de quatro anos. Sua produção começou em 2000 e, no ano passado, já movimentou 356 milhões de dólares. Agora, parte das empresas já caminha para uma segunda fase: as exportações para a América Latina e Europa (clique aqui e leia reportagem de EXAME a respeito).

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