O lucro da Gerdau no primeiro semestre de 2003 cresceu 86% em relação ao mesmo período do ano passado. Os ganhos de janeiro a junho foram de 552 milhões de reais - resultado justificado pela expansão de 78% nas exportações brasileiras. O resultado surpreende, já que o período registrou desvalorização do real e queda de 9% nas vendas internas.

O faturamento bruto da Gerdau subiu 67%, para 7,5 bilhões. Deste total, as operações no Brasil responderam por 57%, as da América do Norte por 39% e Chile, Uruguai e Argentina por 4%. A fusão da Gerdau com a americana Co-Steel - que aconteceu no segundo semestre de 2002 nos Estados Unidos - contribuiu para o aumento de 43% das vendas (5,9 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos).

De acordo com dados da Gerdau, a operação brasileira vendeu 18% mais toneladas em relação ao primeiro semestre do ano passado.

Dívida alongada

Com o objetivo de alongar o perfil da dívida da Açominas e da própria Geradu S.A., a siderúrgica está preparando uma captação de recursos no valor de 400 milhões de dólares. No final de junho, a Gerdau AmeriSteel Corporation, subsidiária do grupo na América do Norte, concluiu a contratação de uma linha de crédito sindicalizada, chamada de senior secured credit facility, no valor de 350 milhões de dólares com um prazo de cinco anos ao custo de 4,5% ao ano, além de finalizar a colocação privada de notas bancárias (senior unsecured notes) no valor de 389,5 milhões de dólares. As duas iniciativas permitiram a rolagem de dívida, reduzida, no curto prazo, em 29%. Essas captações têm prazo médio ponderado de 6,6 anos e uma taxa de juros média de 7,7% ao ano.