A operadora de telefonia GVT, empresa-espelho da Brasil Telecom - pode aumentar em 3 bilhões de reais os investimentos no Brasil, desde que algumas regras acertadas nos atuais contratos de concessão e autorização das empresas do setor sejam mantidos. Os planos da GVT foram apresentados ao ministro das Comunicações, Miro Teixeira, nesta quarta-feira (30/7). "Estamos dispostos a ampliar os investimentos desde que não aconteçam mudanças isoladas nos contratos, como a relativa à taxa de interconexão", diz comunicado oficial da GVT.

A taxa de interconexão está sendo contestada pelas concessionárias de serviço local (Brasil Telecom, Telefônica e Telemar), que tentam mudar as regras de sua cobrança. Hoje, essas regras favorecem as empresas-espelho como a GVT, que recebem a taxa das concessionárias. Nas palavras do presidente da GVT, Amos Genish, mudar a regra "para atender exclusivamente aos interesses das concessionárias reduz completamente a possibilidade de competição justa e os benefícios ao consumidor de telefonia fixa local."

Desde que ganhou autorização para explorar serviços de telefonia fixa no país, em 2000, a GVT investiu na operação 3,6 bilhões de reais. No ano passado, a operadora passou a ter o direito de operar fora de sua área de atuação inicial, as regiões Centro-Oeste e Sul do país. Parte dos novos investimentos - se vierem - será aplicada na implantação da rede em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, locais onde irá competir com a Telefônica e a Telemar.