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Fusões e aquisições surpreendem e voltam a se aquecer, aponta KPMG

Volume de fusões e aquisições cresceu no 2o semestre, alcançando a média dos últimos dois anos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Os pessimistas deram mais uma bola fora. Pesquisa divulgada hoje (11/09) pela KPMG Corporate Finance mostra que a média mensal de transações - fusões e aquisições - registrada em julho e agosto superou a de todo o primeiro semestre deste ano, passando longe das previsões catastrofistas do mercado. Segundo o levantamento, a média mensal do último bimestre foi de 27 operações, quase o dobro das 14 registradas no primeiro trimestre e mais que as 20 do segundo trimestre do ano. O resultado é surpreendente. Esperava-se que o volume de transações no Brasil demorasse mais a crescer por causa da série de más notícias que rondam o país desde o ano passado , afirma André Castello Branco, sócio da área de Fusões e Aquisições da KPMG.

A média se aproxima do patamar alcançado nos últimos dois anos, que tiveram boas performances. Em 2000, ela ficou em 29 transações, contra 28 em 2001. As perspectivas de crescimento tendem a melhorar daqui para frente, já que o risco-país do Brasil vem diminuindo. Há uma expectativa positiva dos investidores para os próximos períodos , afirma Castello Branco. O baixo volume de transações do primeiro semestre deverá afetar significativamente o resultado do ano, mas já podemos notar sensível melhora nos meses de agosto e setembro. O pior já passou.

A baixa performance das transações brasileiras vinha acontecendo desde o segundo semestre do ano passado graças a um bom punhado de problemas que se sucederam de lá para cá: crise argentina, passando pela crise energética e pelo atentado de 11 de setembro. Isso sem falar nos escândalos da Enron e da World.com, além das incertezas do mercado com relação ao próximo presidente. Aos poucos, os investidores fazem uma leitura mais profunda do país e vêem que a coisa não é tão feia como parece. Eles agora têm uma maior clareza sobre risco-país e fazem movimentações mais firmes. Estão sabendo separar o joio do trigo , diz André Castello Branco.

Segundo a pesquisa, os segmentos potenciais para os próximos meses são mídia, alimentos, instituições financeiras e setores em reestruturação, como energia e telecomunicações. As áreas que lideraram os meses de julho e agosto foram: companhias energéticas (15), alimentos, bebidas e fumo (11), metalurgia e siderurgia (4). Em seguida, aparecem petróleo, telecomunicações, tecnologia da informação e publicidade/editora todas com três transações efetivadas. A pesquisa revela ainda que os oito primeiros meses de 2002 registraram 158 negócios. O ranking acumulado do ano até agosto é liderado pelo setor de petróleo, com 25 operações, seguido pelos segmentos de alimentos (23), instituições financeiras (16) e companhias energéticas (15).

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