São Paulo, 23 de abril (Portal EXAME) A inglesa JCB do Brasil, que inaugurou uma fábrica no país em 2001, espera ampliar sua participação no mercado brasileiro dos atuais 6,5% para 10% até o final deste ano. A empresa fabrica retroescavadeira no país.

Segundo Tom Cornell, gerente geral da unidade brasileira, para atingir essa meta, serão fundamentais as vendas por meio do Finame (Financiamento de Máquinas e Equipamentos), linha de crédito do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A empresa obteve autorização para comercializar seus produtos pelo Finame em março. A linha de crédito só é concedida para a compra de máquinas e equipamentos novos que possuam índice de nacionalização de pelo menos 60%. A JCB atingiu esse índice em 2003. A taxa de juros cobrada é de 1,2% ao mês.

Sem contar com esse benefício ao longo do ano passado, a empresa focou seus negócios nos governos municipais, que não utilizam esses financiamentos para comprar equipamentos. Cornell diz que os governos municipais continuarão a ser um nicho essencial para a empresa, ao lado do setor privado. No ano passado, 95% das vendas da empresa foram para prefeituras.

Das cerca de 120 máquinas fabricadas na unidade em Sorocaba, no interior de São Paulo, 36% foram exportadas, praticamente tudo para o Chile. No Brasil, os negócios da empresa por enquanto estão concentrados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Eles respondem por 80% das vendas da companhia no mercado nacional.

Em junho, a JCB deve inaugurar sua operação de peças de reposição _ tanto as importadas como as nacionais. O serviço, que será centralizado na cidade de São Paulo, será terceirizado.

A JCB é uma das maiores empresas privadas da Grã-Bretanha, onde possui sete fábricas. Além de uma unidade no Brasil, possui outra nos Estados Unidos e uma na Índia. É a quinta maior empresa no mundo, em volume de produção de máquinas para construção.

No ano passado, suas vendas globais somaram 1,3 bilhão de dólares. Sua participação no mercado de equipamentos de construção passou de 4% no início dos anos 90 para 7,5% em 2002. A meta é chegar a 10% em 2005. A empresa não divulga quanto investiu até agora no Brasil.