Exame Logo

Fabricante de calçados Samello quer abrir dez lojas por meio de franquia

Plano de crescimento inclui também um aumento de 40% no volume de faturamento e sinaliza aposta no fim da crise que o setor atravessava

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Após um 2007 de relativa recuperação para o setor calçadista, que nos dois anos anteriores vinha patinando diante da concorrência com fabricantes estrangeiros e da valorização do real em relação ao dólar, 2008 começa com expectativas de forte crescimento para uma das líderes em venda de calçados masculinos no país, a Samello.

A companhia pretende criar 10 novas lojas exclusivas, em mercados ainda indefinidos, e planeja aumentar em 40% o faturamento da rede, na comparação com o ano passado.

Veja também

A estratégia para a abertura de novas unidades é apostar no fortalecimento do esquema de franquias. Iniciado em 1999, o sistema exige do franqueado um investimento inicial de 80 mil reais a 140 mil reais, além de um estoque de 100 mil reais a 150 mil reais e um capital de giro de 50 mil reais, para a fase inicial.

O faturamento médio mensal de cada loja, por sua vez, fica em torno de 70 mil reais, o que garante o retorno do investimento em até dois anos e meio.

Além das unidades franqueadas, a Samello também mira o mercado externo. Cerca de 60% dos sapatos produzidos na fábrica da companhia, em Franca (SP), seguem para exportação a 35 países. Três quartos do volume vendido no exterior vão para os Estados Unidos, onde abastecem grifes como a Ralph Lauren.

Perspectivas de expansão

A produção de calçados no Brasil começou a reagir de forma mais intensa em outubro de 2007, embalada pelo aquecimento da demanda interna, diversificação de mercados exportadores e mudanças nas estratégias de negociações com compradores internacionais. Segundo dados do IBGE, o setor, que acumulava uma queda de 4,6% na produção de janeiro a setembro, reverteu para um aumento de 9,2% em outubro na comparação com igual mês do ano passado.

Empresários do setor acreditam que os consumidores estão voltando a comprar calçados, depois de direcionar os recursos para outros produtos que se tornaram prioritários, como aparelhos celulares.

Para o diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, além do aumento da demanda interna, o crescimento também se deve a um redirecionamento das exportações do setor.

Segundo ele, ainda que o câmbio prossiga como um problema para os empresários nas vendas externas, há um crescimento "bastante interessante" na venda de produtos com maior valor agregado. Os Estados Unidos, que eram destino de 85% das exportações brasileiras de calçados "há alguns anos", hoje respondem com menos de 50%, já que parte das vendas foram redirecionadas para outros países da América do Sul e Europa Central.

Sinal dessa tendência é a presença de compradores mais sofisticados, na maior feira do setor, a Couromoda, que começa em 14 de janeiro, em São Paulo. É o caso da loja de departamento La Rinascente, uma das mais conhecidas na Itália, por vender produtos de grifes mundiais da moda.

"Nunca antes se vendeu um número tão grande de calçados com maior valor agregado como no ano passado. Nosso preço médio subiu consideravelmente e hoje já há pares vendidos a US$ 60,00", diz o presidente da Couromoda, Francisco Santos.

Com informações da Agência Estado.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame