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Eletropaulo tenta renegociar R$ 2,3 bi em dívidas de curto prazo

A Eletropaulo, distribuidora paulista controlada pelo grupo americano AES, volta à mesa de negociação com seus credores nesta terça-feira (30/9). A empresa está disposta a reestruturar 2,3 bilhões de reais, do total de uma dívida de 4,7 bilhões que possui junto a cerca de 40 instituições - entre elas o BankBoston e o J.P. Morgan. […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

A Eletropaulo, distribuidora paulista controlada pelo grupo americano AES, volta à mesa de negociação com seus credores nesta terça-feira (30/9). A empresa está disposta a reestruturar 2,3 bilhões de reais, do total de uma dívida de 4,7 bilhões que possui junto a cerca de 40 instituições - entre elas o BankBoston e o J.P. Morgan. Os objetivos com a reestruturação são melhorar a liquidez da empresa, reduzir os riscos de refinanciamento e diminuir a exposição cambial, de forma a melhorar os indicadores de crédito. Neste momento, também é importante alongar o perfil da dívida , diz Eduardo Bernini, presidente da Eletropaulo.

Os vencimentos que fazem parte da negociação estão concentrados no curto prazo, em 2004 e 2005. Também terá início nos próximos dias a renegociação da dívida de 3 bilhões de reais da AES Sul, que atende o interior do Rio Grande do Sul.

Segundo Bernini, a meta é encerrar as negociações da dívida da Eletropaulo até o final do ano, antes da constituição da Novacom nome provisório da nova empresa idealizada para viabilizar o pagamento de uma dívida de 1,2 bilhão de dólares que o grupo AES deixou de pagar ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES). O acordo que prevê a criação da empresa e a renegociação do débito foi anunciado há três semanas. AES e BNDES serão sócios na Novacom, que irá controlar a Eletropaulo, a geradora AES Tietê e a termelétrica de Uruguaiana (RS). Estuda-se também a inclusão da distribuidora AES Sul no negócio.

Para Pedro Batista, analista do Banco Pactual, o acordo entre AES e BNDES pode pesar a favor da Eletropaulo nessa nova rodada de negociação. Depois do acordo, podemos dizer que menos difícil para a Eletropaulo negociar suas dívidas, mas ainda não será fácil concluir a reestruturação , diz Batista.

A renegociação das dívidas da Eletropaulo também faz parte do processo de reestruturação promovido por Bernini. Desde que assumiu o comando da empresa, no início de setembro, o executivo tratou da implantação de uma nova estrutura operacional. A partir desta quarta-feira (1/10), a Eletropaulo adota uma nova estrutura: passa a trabalhar com 7 unidades, no lugar das 11 atuais. Essa redução não prevê demissões, mas a re-alocação de pessoal. Nosso foco não é corte de custos, mas viabilizar a implantação de uma nova política de comando, mais ágil e eficiente", diz Bernini.

A Eletropaulo também prepara novas ações na área de segurança interna. Estão previstas ainda campanhas para o fortalecimento da imagem institucional da empresas entre os consumidores. No próximo ano, Bernini espera investir 300 milhões de reais, nessas e em outras iniciativas.

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