Negócios

Electrolux acumula prejuízo de US$ 134 mihões no Brasil desde 97

Às voltas com a elaboração do plano de negócios para o próximo ano, os executivos da subsidiária brasileira da Electrolux foram pegos de surpresa -segundo a assessoria de imprensa da empresa- por um pronunciamento de Hans Straberg, presidente mundial da companhia sueca, realizado ontem na Itália para analistas de mercado. O objetivo era explicar as […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Às voltas com a elaboração do plano de negócios para o próximo ano, os executivos da subsidiária brasileira da Electrolux foram pegos de surpresa -segundo a assessoria de imprensa da empresa- por um pronunciamento de Hans Straberg, presidente mundial da companhia sueca, realizado ontem na Itália para analistas de mercado. O objetivo era explicar as diretrizes da Electrolux, que faturou 12,9 bilhões de dólares em 2001, para o ano fiscal que iniciará em janeiro de 2003.

O ponto que chamou a atenção dos executivos (e concorrentes) brasileiros: operações pouco rentáveis poderiam ser vendidas. E algumas áreas operacionais no Brasil, que como algumas operações chinesas e americanas têm uma margem de lucro abaixo de 4% sobre o faturamento, poderiam estar na mira. A possibilidade da saída da empresa do país, no entanto, está oficialmente descartada.

A subsidiária, que tem quatro fábricas -uma em São Paulo, duas no Paraná e uma em Manaus-, limitou-se a emitir um comunicado oficial dizendo que "a unidade da Electrolux do Brasil faz parte dos planos de curto e longo prazo da Electrolux AB". O paulista Ruy Hirschheimmer, presidente da companhia no Brasil há três anos e promovido a presidente para a América Latina em janeiro deste ano, não costuma comentar publicamente o desempenho da empresa.

Não é de hoje que a operação brasileira destoa do desempenho mundial da Electrolux. A empresa é a maior fabricante de eletrodomésticos do mundo, mas não conseguiu consolidar a sua presença no país. A número 2 mundial, a americana Whirlpool, lidera o mercado brasileiro com o controle da Multibrás -- que detém as marcas Brastemp e Cônsul. A Electrolux opera no vermelho no Brasil desde 1997. No ano passado, faturou 484,1 milhões de dólares e registrou prejuízo de 27,6 milhões de dólares, segundo o anuário Melhores e Maiores de EXAME. Nos últimos cinco anos, o prejuízo acumulado somou 134,1 milhões de dólares.

A Electrolux registra resultados positivos mundialmente desde meados da década de 90, quando Michael Treschow, antecessor de Straberg, empreendeu uma bem-sucedida reestruturação que envolveu corte de custos e a venda de segmentos de negócios. Em abril último, Treschow deixou o comando da empresa para assumir a gigante de telecomunicações Ericsson, outra companhia do grupo familiar sueco Wallemberg, acionista da Electrolux.

Há a inevitável cobrança do mercado para que Straberg dê continuidade às conquistas de Treschow. No discurso a analistas realizado ontem, Straberg disse que o lucro operacional neste ano deverá superar o registrado em 2001, de 6,4 bilhões de dólares. No ano passado, o lucro líquido foi de 369 milhões de dólares -- mais de 10 vezes o registrado pela Whirlpool.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Negócios

Como formar líderes orientados ao propósito

Em Nova York, um musical que já faturou R$ 1 bilhão é a chave para retomada da Broadway

Empreendedor produz 2,5 mil garrafas de vinho por ano na cidade

Após crise de R$ 5,7 bi, incorporadora PDG trabalha para restaurar confiança do cliente e do mercado

Mais na Exame