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Copom começa com aposta em manutenção da Selic e expectativa política

A reunião de fevereiro do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, começa nesta terça-feira (17/2) com expectativa de manutenção dos juros. Praticamente todo o mercado espera que a Selic seja mantida nos atuas 16,5% ao ano. Há, no entanto, um novo fator, de ordem política, que pode trazer alguma surpresa: a instalação de […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

A reunião de fevereiro do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, começa nesta terça-feira (17/2) com expectativa de manutenção dos juros. Praticamente todo o mercado espera que a Selic seja mantida nos atuas 16,5% ao ano. Há, no entanto, um novo fator, de ordem política, que pode trazer alguma surpresa: a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias de corrupção do governo Lula.

A instabilidade política pode afetar a decisão do Copom na medida em que os investidores estrangeiros levados pelas incertezas do país resolvam vender seus papéis. O humor deste investidor será conhecido apenas hoje, já que ontem foi feriado nos Estados Unidos o que de certa forma foi favorável ao Brasil, já que se passaram quatro dias desde a denúncia contra o assessor Waldomiro Diniz, ligado ao ministro da Casa Civil, José Dirceu.

Desde a última reunião do Copom, em janeiro, o risco-país brasileiro subiu de 439 pontos base para 522 (16/2). Houve valorização da moeda americana em relação ao dólar de 2,84 reais no final de janeiro, ela está cotada a 2,90 reais. O cenário de piora foi amenizado recentemente com o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), que indicou estabilidade dos juros americanos, e do próprio Lula, que reforçou apoio à atual política econômica de sua administração. Seria provável, portanto, que o cenário internacional fizesse pouca diferença da decisão do Copom, mas agora com a denúncia política alguns analistas afirmam que ele pode voltar a ter peso.

A maior parte do mercado, no entanto, concorda que a inflação será protagonista das discussões que começam hoje no Banco Central. Os relatórios dos principais bancos são unânimes ao afirmar que a alta do IPCA de janeiro é sazonal e, por isso, esperada. Apesar do risco de persistência inflacionária apontado na ata da reunião de janeiro, é pouco provável que isso se concretize , diz o relatório do Credit Suisse First Boston, para quem a retomada da atividade econômica acontecerá gradualmente nos próximos meses.

A reunião do Copom termina amanhã (18/2).

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