Com perda de valor, Avon vira alvo após oferta pela Coty
Dois anos depois, a empresa pode estar mais disposta a abrir suas portas a potenciais compradores
Da Redação
Publicado em 2 de junho de 2014 às 21h59.
Nova York - Após perder US$ 3 bilhões em valor de mercado desde que seu último pretendente conhecido desistiu, a Avon Products Inc. pode estar mais disposta a abrir suas portas a potenciais compradores.
Em março, o conselho da Avon recomendou que os acionistas votassem contra uma proposta para limitar paraquedas dourados para gerentes demitidos em conexão com uma venda.
Isso poderia ser interpretado como um sinal de que o conselho está aberto a um acordo se os esforços da CEO Sheri McCoy não forem capazes de reanimar a empresa avaliada em US$ 6,2 bilhões, disse a B. Riley Co.
Após dois anos de perdas e uma conta de US$ 500 milhões para se livrar das acusações de suborno, as ações da Avon estão sendo negociadas a um valor 42 por cento abaixo da oferta de US$ 24,75 por ação da Coty Inc. em 2012.
“Essa é uma indicação de que o conselho acha que pode ter que vender a companhia e por isso não quer nenhum obstáculo no caminho”, disse Linda Bolton Weiser, analista da B. Riley em Nova York, em entrevista por telefone. Uma venda “terá que ser sua próxima escolha”.
Embora a Avon tenha estado relutante em negociar com a Coty na época de sua oferta, a Morningstar Inc. disse que a vendedora de cosméticos porta a porta pode se preparar para um acordo se continuar tropeçando.
A Tupperware Brands Corp. também pode estar interessada na Avon por sua forte presença no mercado de beleza na América Latina, disse Weiser.
Uma empresa de private-equity pretendente atraída pelo fluxo de caixa potencial da Avon pode ser capaz de extrair valor alienando as operações norte-americanas, que estão encolhendo, e realocando a empresa em um país com uma taxa tributária mais baixa, disse a Pekin Singer Strauss Asset Management Inc.
“Foram anos de percalços estratégicos e má gestão”, disse Joshua Strauss, cogerente do fundo Appleseed, da Pekin Singer Strauss, em Chicago, que administra US$ 1 bilhão, incluindo 1,4 milhão de ações da Avon, em entrevista por telefone.
“Eu não acho que a diretoria necessariamente rejeitaria essa oportunidade de deixar de ser uma companhia de capital aberto”.
Um representante da Avon, que tem sede em Nova York, preferiu não comentar se a empresa estaria à venda.
A Avon rejeitou uma oferta de aquisição de US$ 10 bilhões da Coty em abril de 2012, dizendo que ela subavaliou a companhia.
Embora tenha melhorado sua proposta no mês seguinte, para US$ 10,7 bilhões, ou US$ 24,75 por ação, a Coty a retirou dias depois citando “falta de disposição” da diretoria da Avon “para se envolver em negociações”.
O conselho da Avon pode querer reconsiderar uma venda se os esforços da CEO McCoy para cortar custos e deixar mercados não lucrativos não forem suficientes para uma reviravolta na empresa, disse Weiser, da B. Riley.
Desde que a Coty retirou sua oferta, as ações da Avon nunca superaram US$ 24,75 e no mês passado caíram a US$ 13,30, o nível mais baixo dos últimos 14 anos.
Venda direta
A Tupperware, vendedora direta de recipientes para uso doméstico, também pode estar interessada, disse Weiser.
A empresa, avaliada em US$ 4,2 bilhões, obteve 26 por cento de suas vendas no ano passado com produtos de beleza e de cuidados pessoais, embora seu crescimento nessa categoria em mercados latino-americanos como o Brasil venha acontecendo devagar, disse Weiser.
“O setor de beleza está se mostrando mais difícil de avançar para eles”, disse ela. “A Avon daria isso a eles”.
A Estée Lauder Cos., a gigante do setor de cosméticos avaliada em US$ 29 bilhões, também está disposta a fazer negócio. A companhia está perto do seu período mais longo sem uma aquisição em pelo menos 19 anos, segundo dados compilados pela Bloomberg.
Representantes da Tupperware, que tem sede em Orlando, Flórida, e da Estée Lauder, com sede em Nova York, preferiram não comentar. Um representante da Coty, que também tem sede em Nova York, não respondeu a uma mensagem telefônica em busca de comentários.
Nova York - Após perder US$ 3 bilhões em valor de mercado desde que seu último pretendente conhecido desistiu, a Avon Products Inc. pode estar mais disposta a abrir suas portas a potenciais compradores.
Em março, o conselho da Avon recomendou que os acionistas votassem contra uma proposta para limitar paraquedas dourados para gerentes demitidos em conexão com uma venda.
Isso poderia ser interpretado como um sinal de que o conselho está aberto a um acordo se os esforços da CEO Sheri McCoy não forem capazes de reanimar a empresa avaliada em US$ 6,2 bilhões, disse a B. Riley Co.
Após dois anos de perdas e uma conta de US$ 500 milhões para se livrar das acusações de suborno, as ações da Avon estão sendo negociadas a um valor 42 por cento abaixo da oferta de US$ 24,75 por ação da Coty Inc. em 2012.
“Essa é uma indicação de que o conselho acha que pode ter que vender a companhia e por isso não quer nenhum obstáculo no caminho”, disse Linda Bolton Weiser, analista da B. Riley em Nova York, em entrevista por telefone. Uma venda “terá que ser sua próxima escolha”.
Embora a Avon tenha estado relutante em negociar com a Coty na época de sua oferta, a Morningstar Inc. disse que a vendedora de cosméticos porta a porta pode se preparar para um acordo se continuar tropeçando.
A Tupperware Brands Corp. também pode estar interessada na Avon por sua forte presença no mercado de beleza na América Latina, disse Weiser.
Uma empresa de private-equity pretendente atraída pelo fluxo de caixa potencial da Avon pode ser capaz de extrair valor alienando as operações norte-americanas, que estão encolhendo, e realocando a empresa em um país com uma taxa tributária mais baixa, disse a Pekin Singer Strauss Asset Management Inc.
“Foram anos de percalços estratégicos e má gestão”, disse Joshua Strauss, cogerente do fundo Appleseed, da Pekin Singer Strauss, em Chicago, que administra US$ 1 bilhão, incluindo 1,4 milhão de ações da Avon, em entrevista por telefone.
“Eu não acho que a diretoria necessariamente rejeitaria essa oportunidade de deixar de ser uma companhia de capital aberto”.
Um representante da Avon, que tem sede em Nova York, preferiu não comentar se a empresa estaria à venda.
A Avon rejeitou uma oferta de aquisição de US$ 10 bilhões da Coty em abril de 2012, dizendo que ela subavaliou a companhia.
Embora tenha melhorado sua proposta no mês seguinte, para US$ 10,7 bilhões, ou US$ 24,75 por ação, a Coty a retirou dias depois citando “falta de disposição” da diretoria da Avon “para se envolver em negociações”.
O conselho da Avon pode querer reconsiderar uma venda se os esforços da CEO McCoy para cortar custos e deixar mercados não lucrativos não forem suficientes para uma reviravolta na empresa, disse Weiser, da B. Riley.
Desde que a Coty retirou sua oferta, as ações da Avon nunca superaram US$ 24,75 e no mês passado caíram a US$ 13,30, o nível mais baixo dos últimos 14 anos.
Venda direta
A Tupperware, vendedora direta de recipientes para uso doméstico, também pode estar interessada, disse Weiser.
A empresa, avaliada em US$ 4,2 bilhões, obteve 26 por cento de suas vendas no ano passado com produtos de beleza e de cuidados pessoais, embora seu crescimento nessa categoria em mercados latino-americanos como o Brasil venha acontecendo devagar, disse Weiser.
“O setor de beleza está se mostrando mais difícil de avançar para eles”, disse ela. “A Avon daria isso a eles”.
A Estée Lauder Cos., a gigante do setor de cosméticos avaliada em US$ 29 bilhões, também está disposta a fazer negócio. A companhia está perto do seu período mais longo sem uma aquisição em pelo menos 19 anos, segundo dados compilados pela Bloomberg.
Representantes da Tupperware, que tem sede em Orlando, Flórida, e da Estée Lauder, com sede em Nova York, preferiram não comentar. Um representante da Coty, que também tem sede em Nova York, não respondeu a uma mensagem telefônica em busca de comentários.