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Com Aceco, empresa de TI, gigante KKR estreia no país

A aquisição foi antecipada pela coluna Primeiro Lugar de EXAME

Aceco TI: a gestora de ativos anunciou na terça-feira a aquisição da Aceco, uma companhia que constrói data centers (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2014 às 09h54.

São Paulo - A gestora de ativos Kohlberg Kravis Roberts ( KKR ) anunciou na terça-feira, 1, a aquisição da Aceco, uma companhia que constrói data centers, em um negócio que marca a entrada de um dos maiores fundos de private equity (que compra participações em empresas) do mundo no Brasil.

O diretor geral da KKR na América Latina, Jorge Fergie, diz que a companhia já avaliou mais de 100 negócios no Brasil no último ano e que pretende ser “extraordinariamente relevante” no mercado de fusões e aquisições no País. "Dinheiro não é problema", afirmou.

A KKR abriu seu escritório no Brasil há quase um ano e tem bilhões de reais para investir em empresas brasileiras. Só o fundo para as Américas, o 11º da empresa, pode destinar 25% dos US$ 9 bilhões captados para operações na América Latina.

"Mas também temos fundos de infraestrutura, de mercado imobiliário e podemos usar recursos do nosso balanço. Nosso problema não é dinheiro, é identificar boas oportunidades", disse Fergie.

Fundada em 1976 por ex-executivos do banco americano Bear Stearns, a KKR é uma das pioneiras no mercado de private equity no mundo. Os fundadores começaram a companhia investindo recursos próprios para comprar fatias de empresas e revender com lucro no futuro.


Em 2013, a KKR somava US$ 94,3 bilhões em ativos sob gestão e sua divisão de private equity tinha 85 empresas investidas, como a Nielsen e a empresa de educação Laureate (dona da Anhembi Morumbi), com receitas totais de US$ 210 bilhões.

A gestora chega ao Brasil anos depois dos seus principais concorrentes, como os fundos Carlyle, Texas Pacific Group (TPG) e Blackstone, que já tem uma carteira de investimentos no Brasil.

"Vamos com calma na internacionalização. Queremos entender os mercados onde entramos. Não vamos fazer entradas e saídas (no país). Nosso compromisso com a América Latina e com o Brasil é no longo prazo", disse Fergie.

Ele lembrou que a KKR foi criticada por entrar com atraso no mercado asiático, há quase sete anos, mas hoje tem o maior fundo na região, com US$ 6 bilhões captados até 2013.

Fergie diz que a KKR "tem a intenção de ser extraordinariamente relevante no mercado brasileiro". A gestora avalia investimentos em empresas de educação, logística, energia e petróleo.

No último ano, a companhia chegou a negociar a compra da Positivo Educação, mas o negócio não avançou, segundo fontes do mercado.


Além da equipe de cinco pessoas que trabalham no escritório da KKR no Brasil, a gestora contratou o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles como consultor sênior. Meirelles ajuda a empresa a entender o cenário macroeconômico do Brasil e identificar oportunidades de investimentos.

Aceco

A KKR comprou uma fatia majoritária da Aceco e manteve como sócio minoritário o atual CEO da empresa, Jorge Nitzan, que permanecerá no cargo.

O fundo General Atlantic, que tinha uma participação na Aceco, saiu do negócio. Com a operação, a empresa desistiu da abertura de capital.

As companhias não divulgaram os valores da transação nem a participação dos sócios na Aceco. Estimativas do mercado, no entanto, apontam que a companhia foi avaliada em R$ 1,5 bilhão. “Investimos na Aceco porque ela está em um setor que crescerá fortemente no Brasil, que é o armazenamento de dados, e quase não tem concorrentes”, diz Fergie.

A Aceco faturou R$ 566 milhões em 2013, um crescimento de cerca de 60% em relação ao a 2012. A companhia projeta e constrói data centers e centros de comando e controle para empresas públicas e privadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O diretor geral da KKR na América Latina, Jorge Fergie, diz que a companhia já avaliou mais de 100 negócios no Brasil no último ano e que pretende ser “extraordinariamente relevante” no mercado de fusões e aquisições no País. "Dinheiro não é problema", afirmou.

A KKR abriu seu escritório no Brasil há quase um ano e tem bilhões de reais para investir em empresas brasileiras. Só o fundo para as Américas, o 11º da empresa, pode destinar 25% dos US$ 9 bilhões captados para operações na América Latina.

"Mas também temos fundos de infraestrutura, de mercado imobiliário e podemos usar recursos do nosso balanço. Nosso problema não é dinheiro, é identificar boas oportunidades", disse Fergie.

Fundada em 1976 por ex-executivos do banco americano Bear Stearns, a KKR é uma das pioneiras no mercado de private equity no mundo. Os fundadores começaram a companhia investindo recursos próprios para comprar fatias de empresas e revender com lucro no futuro.


Em 2013, a KKR somava US$ 94,3 bilhões em ativos sob gestão e sua divisão de private equity tinha 85 empresas investidas, como a Nielsen e a empresa de educação Laureate (dona da Anhembi Morumbi), com receitas totais de US$ 210 bilhões.

A gestora chega ao Brasil anos depois dos seus principais concorrentes, como os fundos Carlyle, Texas Pacific Group (TPG) e Blackstone, que já tem uma carteira de investimentos no Brasil.

"Vamos com calma na internacionalização. Queremos entender os mercados onde entramos. Não vamos fazer entradas e saídas (no país). Nosso compromisso com a América Latina e com o Brasil é no longo prazo", disse Fergie.

Ele lembrou que a KKR foi criticada por entrar com atraso no mercado asiático, há quase sete anos, mas hoje tem o maior fundo na região, com US$ 6 bilhões captados até 2013.

Fergie diz que a KKR "tem a intenção de ser extraordinariamente relevante no mercado brasileiro". A gestora avalia investimentos em empresas de educação, logística, energia e petróleo.

No último ano, a companhia chegou a negociar a compra da Positivo Educação, mas o negócio não avançou, segundo fontes do mercado.


Além da equipe de cinco pessoas que trabalham no escritório da KKR no Brasil, a gestora contratou o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles como consultor sênior. Meirelles ajuda a empresa a entender o cenário macroeconômico do Brasil e identificar oportunidades de investimentos.

Aceco

A KKR comprou uma fatia majoritária da Aceco e manteve como sócio minoritário o atual CEO da empresa, Jorge Nitzan, que permanecerá no cargo.

O fundo General Atlantic, que tinha uma participação na Aceco, saiu do negócio. Com a operação, a empresa desistiu da abertura de capital.

As companhias não divulgaram os valores da transação nem a participação dos sócios na Aceco. Estimativas do mercado, no entanto, apontam que a companhia foi avaliada em R$ 1,5 bilhão. “Investimos na Aceco porque ela está em um setor que crescerá fortemente no Brasil, que é o armazenamento de dados, e quase não tem concorrentes”, diz Fergie.

A Aceco faturou R$ 566 milhões em 2013, um crescimento de cerca de 60% em relação ao a 2012. A companhia projeta e constrói data centers e centros de comando e controle para empresas públicas e privadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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