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CCR já se prepara para disputar novas concessões

Após vencer leilão do Rodoanel, empresa planeja expandir em São Paulo, Bahia, México e EUA

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Após vencer o leilão para administrar o trecho oeste do Rodoanel, a Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) informou que deve fazer parte da disputa para obter a concessão de outras rodovias federais e estaduais que acontecerão ainda neste ano.  "Nós seremos um player deste jogo", disse Renato Vale, presidente da CCR.  

Em julho, a CCR deverá participar do leilão para a concessão federal da BR-116 e da BR-324 na Bahia. Além dessas, a companhia deverá brigar por outros 1.611 quilômetros de estradas paulistas que devem ir a leilão neste ano, incluindo as rodovias Ayrton Senna, Carvalho Pinto, D. Pedro 1º, Raposo Tavares, Orlando Quagliato, João Batista Cabral Rennó e Marechal Rondon.

Além do Brasil, a companhia pretende investir no exterior. Ainda neste mês, a empresa participará de licitações no México e nos Estados Unidos.

Rodoanel

O executivo afirmou que a proposta com deságio de 61% - oferta de 1,17 real contra teto de 3 reais - para o pedágio do Rodoanel não compromete o retorno da empresa. "Temos estrutura para gerir o Rodoanel e, em nenhum momento, deixamos de ser fiéis ao nosso plano de disciplina de capitais", afirma. A taxa de retorno do investimento esperada para o Rodoanel é de 9,3% ao ano.

A empresa informou que o tráfego no Rodoanel é hoje 40% ou 50% superior ao estimado pelo governo no edital, de 145 mil veículos por dia. Durante todos os 30 anos de concessão a CCR acredita que o tráfego será no mínimo 50% superior ao estimado pelo governo. Além disso, a empresa acredita que os custos para a administração da rodovia serão 30% ou 40% mais baixos que os estimados devido a novas tecnologias para manutenção do pavimento de concreto e também devido a sinergias. A empresa já administra vias cortadas pelo Rodoanel, como Raposo Tavares, Castello Branco, Anhangüera e Bandeirantes, o que lhe permitirá baixar os custos.

Além disso, a CCR espera que o início das operações do trecho sul da Rodoanel incremente o tráfego no trecho oeste em 20%. O trecho sul vai ligar a Régis Bittencourt ao sistema Anchieta-Imigrantes e entrar em operação a partir de 2011. A CCR não esconde seu objetivo de vencer também a licitação do trecho sul quando ele for a leilão.

Financiamento

Para financiar a concessão do Rodoanel de São Paulo, a companhia recorreu a um empréstimo-ponte (emergencial de curto prazo) de 650 milhões de reais para os primeiros investimentos e para o pagamento da primeira parcela da outorga de 200 milhões de reais, que ocorrerá em maio, com a assinatura do contrato. No total, a empresa terá de desembolsar 2 bilhões de reais pela outorga no prazo de dois anos.

 A empresa fará também com o banco UBS Pactual um empréstimo de longo prazo, com vencimento em dez anos, denominado em dólares e com montante de cerca de 2 bilhões de reais. A CCR não descartou a possibilidade de obter recursos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas informou que essa não é sua primeira opção.

Além disso, a concessionária também negocia com um fundo estrangeiro de infra-estrutura a venda de cotas do projeto. A CCR não revela o nome desse fundo, mas afirma que também vai oferecer a outros investidores uma participação no negócio.

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