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Cade aprova compra da Biobrás pela Novo Nordisk

Brasília, 7 de agosto (Portal EXAME) O laboratório dinamarquês Novo Nordisk confirmou nesta quarta-feira (6/8) a compra da empresa mineira Biobrás, depois que a aquisição foi aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). As empresas haviam assinado um acordo em dezembro de 2001. A Novo Nordisk, presente no Brasil desde 1990, é a líder […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Brasília, 7 de agosto (Portal EXAME) O laboratório dinamarquês Novo Nordisk confirmou nesta quarta-feira (6/8) a compra da empresa mineira Biobrás, depois que a aquisição foi aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). As empresas haviam assinado um acordo em dezembro de 2001.

A Novo Nordisk, presente no Brasil desde 1990, é a líder mundial em pesquisas e desenvolvimento para tratamento de diabetes e faturou 3,8 bilhões de dólares em 2002. A Biobrás, fundada em 1976 pelo cientista Marcos Mares Guia e pelo empreendedor Guilherme Emrich, foi comprada por 75 milhões de dólares. A empresa dominava o mercado nacional de insulina recombinante (insulina humana produzida em bactéricas transgênicas) e faturava mais de 50 milhões de reais.

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Com a transação confirmada, a Novo Nordisk afirma que o Brasil se transformará em pólo de exportação para a América Latina na área de diabetes. Até o final do ano, a fábrica que pertencia a Biobrás, em Montes Claros (MG), começará a receber da Europa o antidiabético oral NovoNorm. Os comprimidos serão embalados no Brasil e exportados para América Latina e alguns países da Europa e da Ásia. Numa segunda fase, a exportação do produto para todo o globo será feita a partir de Montes Claros. Em 2004, duas outras linhas de embalagem desse produto devem entrar em operação. Superada essa etapa, queremos prosseguir no projeto de expansão, que prevê novos investimentos no Brasil e na região , diz Sérgio Noschang, vice-presidente de Operações Internacionais da Novo Nordisk para a América Latina.

Para aprovar a aquisição, o Cade manteve as duas condições recomendadas pela Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda) e pela SDE (Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça), ambas com o intuito de criar concorrência para a companhia dinamarquesa.

A primeira condição é que os antigos controladores da Biobrás possam atuar no mercado e, eventualmente, competir com a Novo Nordisk. Os ex-controladores da Biobrás possuem a patente para produção de insulina recombinante e fundaram uma nova empresa, a Biomm. Pelo acordo inicial, os antigos controladores da Biobrás assumiam o compromisso de não concorrer com a Novo Nordisk por um prazo de três anos.

A segunda condição é que sejam retiradas as sobretaxas impostas às importações de insulina, que tinham sentido quando visavam proteger uma companhia brasileira.

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