Bradesco amplia lucro com cautela na concessão de crédito
A consequência da cautela é a redução da inadimplência, crescimento modesto dos empréstimos e menores retornos com esta atividade
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2013 às 08h24.
São Paulo - Os resultados do Bradesco no terceiro trimestre refletem a estratégia do segundo maior banco privado do país de concentrar sua atuação em modalidades de crédito de menor risco, com consequente redução da inadimplência, crescimento modesto dos empréstimos e menores retornos com esta atividade.
Esta combinação resultou em lucro de 3,064 bilhões de reais no terceiro trimestre, avanço de 7,1 por cento ante o mesmo período do ano passado.
O lucro líquido recorrente ficou ligeiramente acima da expectativa do mercado, a 3,082 bilhões de reais, enquanto oito analistas consultados pela Thomson Reuters previam, em média, lucro recorrente de 3,06 bilhões de reais. Em bases anuais, o lucro recorrente cresceu 6,5 por cento.
Diante da maior parcimônia na concessão de empréstimos, a carteira de crédito do banco avançou 11 por cento em bases anuais, para 412,56 bilhões de reais, no piso da projeção de 11 a 15 por cento dada pela instituição no trimestre passado. O crescimento da carteira um ano antes havia sido de 11,8 por cento e no mesmo período de 2011 a expansão registrada foi de 22 por cento.
A mesma cautela deixou a instituição mais protegida de calotes. A inadimplência acima de 90 dias foi de 3,6 por cento no terceiro trimestre, ante 4,1 por cento um ano antes e 3,7 por cento no trimestre imediatamente anterior. Os analistas consultados pela Reuters previam inadimplência estável em 3,7 por cento.
O maior recuo ocorreu no segmento de pessoa física, cuja inadimplência passou de 6,2 por cento para 5,2 por cento na comparação anual. Os calotes em pequenas e médias empresas passaram de 4,3 para 4 por cento na mesma comparação, enquanto atrasos acima de 90 dias em grandes empresas ficaram estáveis em 0,4 por cento, mas avançando ante o 0,2 por cento do segundo trimestre.
Na mesma direção, as despesas com provisão para devedores duvidosos recuaram 12,8 por cento em bases anuais e somaram 2,881 bilhões de reais. Ante o período de abril a junho deste ano, a queda foi de cerca de 7 por cento.
Junto com o menor risco, o banco espera colher menor rentabilidade, e por isso revisou para baixo sua expectativa para o crescimento da margem financeira de juros, que passou de 4 a 8 por cento para 1 a 3 por cento neste ano.
Nos primeiros nove meses deste ano, a margem financeira de juros atingiu 31,7 bilhões de reais, alta de 1,1 por cento em relação ao período de nove meses de 2012.
A taxa média da margem de juros foi de 7 por cento no trimestre, ante 7,4 por cento no mesmo intervalo do ano passado e de 7,2 por cento do segundo trimestre deste ano.
O Retorno Anualizado sobre Patrimônio Líquido (ROE), medida de rentabilidade para os bancos, recuou de 19,9 por cento no terceiro trimestre de 2012 para 18,4 por cento no mesmo período deste ano. No segundo trimestre, o ROE havia sido de 18,8 por cento.
Ainda como parte da estratégia adotada pela instituição desde o ano passado, as receitas de prestação de serviços avançaram 12,1 por cento no terceiro trimestre sobre um ano antes, para cerca de 4,98 bilhões de reais.
Aliviando preocupações do mercado, os ganhos com tesouraria somaram 107 milhões de reais no terceiro trimestre, bem acima do resultado de 18 milhões de reais obtido no trimestre anterior. No mesmo intervalo de 2012, os ganhos com tesouraria foram de 197 milhões de reais.
As despesas operacionais cresceram dentro do nível esperado pelo banco, entre 2 e 6 por cento. Este item somou 6,98 bilhões de reais, avanço de 4,4 por cento ante o mesmo trimestre de 2012, impulsionado pelo aumento do volume de negócios e serviços no trimestre, que gerou maiores despesas com serviços de terceiros, processamento de dados e transporte.
São Paulo - Os resultados do Bradesco no terceiro trimestre refletem a estratégia do segundo maior banco privado do país de concentrar sua atuação em modalidades de crédito de menor risco, com consequente redução da inadimplência, crescimento modesto dos empréstimos e menores retornos com esta atividade.
Esta combinação resultou em lucro de 3,064 bilhões de reais no terceiro trimestre, avanço de 7,1 por cento ante o mesmo período do ano passado.
O lucro líquido recorrente ficou ligeiramente acima da expectativa do mercado, a 3,082 bilhões de reais, enquanto oito analistas consultados pela Thomson Reuters previam, em média, lucro recorrente de 3,06 bilhões de reais. Em bases anuais, o lucro recorrente cresceu 6,5 por cento.
Diante da maior parcimônia na concessão de empréstimos, a carteira de crédito do banco avançou 11 por cento em bases anuais, para 412,56 bilhões de reais, no piso da projeção de 11 a 15 por cento dada pela instituição no trimestre passado. O crescimento da carteira um ano antes havia sido de 11,8 por cento e no mesmo período de 2011 a expansão registrada foi de 22 por cento.
A mesma cautela deixou a instituição mais protegida de calotes. A inadimplência acima de 90 dias foi de 3,6 por cento no terceiro trimestre, ante 4,1 por cento um ano antes e 3,7 por cento no trimestre imediatamente anterior. Os analistas consultados pela Reuters previam inadimplência estável em 3,7 por cento.
O maior recuo ocorreu no segmento de pessoa física, cuja inadimplência passou de 6,2 por cento para 5,2 por cento na comparação anual. Os calotes em pequenas e médias empresas passaram de 4,3 para 4 por cento na mesma comparação, enquanto atrasos acima de 90 dias em grandes empresas ficaram estáveis em 0,4 por cento, mas avançando ante o 0,2 por cento do segundo trimestre.
Na mesma direção, as despesas com provisão para devedores duvidosos recuaram 12,8 por cento em bases anuais e somaram 2,881 bilhões de reais. Ante o período de abril a junho deste ano, a queda foi de cerca de 7 por cento.
Junto com o menor risco, o banco espera colher menor rentabilidade, e por isso revisou para baixo sua expectativa para o crescimento da margem financeira de juros, que passou de 4 a 8 por cento para 1 a 3 por cento neste ano.
Nos primeiros nove meses deste ano, a margem financeira de juros atingiu 31,7 bilhões de reais, alta de 1,1 por cento em relação ao período de nove meses de 2012.
A taxa média da margem de juros foi de 7 por cento no trimestre, ante 7,4 por cento no mesmo intervalo do ano passado e de 7,2 por cento do segundo trimestre deste ano.
O Retorno Anualizado sobre Patrimônio Líquido (ROE), medida de rentabilidade para os bancos, recuou de 19,9 por cento no terceiro trimestre de 2012 para 18,4 por cento no mesmo período deste ano. No segundo trimestre, o ROE havia sido de 18,8 por cento.
Ainda como parte da estratégia adotada pela instituição desde o ano passado, as receitas de prestação de serviços avançaram 12,1 por cento no terceiro trimestre sobre um ano antes, para cerca de 4,98 bilhões de reais.
Aliviando preocupações do mercado, os ganhos com tesouraria somaram 107 milhões de reais no terceiro trimestre, bem acima do resultado de 18 milhões de reais obtido no trimestre anterior. No mesmo intervalo de 2012, os ganhos com tesouraria foram de 197 milhões de reais.
As despesas operacionais cresceram dentro do nível esperado pelo banco, entre 2 e 6 por cento. Este item somou 6,98 bilhões de reais, avanço de 4,4 por cento ante o mesmo trimestre de 2012, impulsionado pelo aumento do volume de negócios e serviços no trimestre, que gerou maiores despesas com serviços de terceiros, processamento de dados e transporte.