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Bosch registra crescimento de 15% em 2003 e prevê 20% para 2004

Mesmo com a crise do setor automotivo brasileiro no mercado doméstico, que responde por 85% dos negócios da Bosch no país, a multinacional alemã conseguiu crescer cerca de 15% em 2003, descontados os efeitos do câmbio, e obteve uma receita de 2,5 bilhões de reais. Para 2004, a Bosch estima um crescimento de 20%. Também […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Mesmo com a crise do setor automotivo brasileiro no mercado doméstico, que responde por 85% dos negócios da Bosch no país, a multinacional alemã conseguiu crescer cerca de 15% em 2003, descontados os efeitos do câmbio, e obteve uma receita de 2,5 bilhões de reais. Para 2004, a Bosch estima um crescimento de 20%.

Também este ano, a receita para que os números não encolham será a mesma usada em 2003, diz Edgar Silva Garbade, presidente da Bosch para a América Latina: fôlego nas exportações e nas vendas das divisões de bens de consumo - como a de ferramentas elétricas e a de sistemas de segurança -- e de tecnologia industrial, que fabrica máquinas e equipamentos para a indústria alimentícia, farmacêutica, cosmética e química.

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Assim como as vendas das montadoras, que desde 1997 - o melhor ano da indústria automobilística brasileira, quando a produção atingiu o recorde de 2 milhões de veículos - vêm caindo sistematicamente, os negócios da Bosch ligados a elas também. "A saída então é compensar com o mercado externo e com os nossos outros negócios", disse Garbade, ao divulgar os resultados da empresa nesta quarta-feira (11/02).

As exportações, que em 2002 responderam por 35% da receita da empresa, abocanharam uma fatia maior em 2003: de 42%. Para este ano, a estimativa de Garbade é que cheguem a representar 45%: "Uma evolução necessária para que em 2005 elas sejam metade do nosso faturamento".

De acordo com ele, os investimentos da Bosch no país em 2004 serão de cerca de 200 milhões de reais. Desse valor, 40 milhões serão destinados à melhoria da rede de serviços da empresa e ao lançamento de produtos. Hoje, a Bosch tem 785 oficinas espalhadas pelo país que seguem normas de qualidade definidas pela empresa. Até o final deste ano, a rede deverá contar com 1 100 oficinas.

Os demais 160 milhões de reais serão direcionados para a expansão de produção e modernização de fábricas. Só a unidade da empresa em Curitiba, que no ano passado roubou dos Estados Unidos a produção de unidades injetoras e de bicos injetores de alta pressão, receberá 53 milhões de reais para aumentar a capacidade de produção e dar conta da demanda dos mercados americanos e europeus. A fábrica de Campinas receberá 56 milhões de reais: 46 milhões para aumentar em 50% a produção de freio a disco, produto exportado sobretudo para os Estados Unidos, e 10 milhões para a linha de fabricação de bombas de combustíveis.

Garbade anunciou também que a unidade de produção de sistemas de energia e de eletrônica embarcada, hoje sediada em São Paulo, será transferida para Campinas para reduzir custos. "Não é dos nossos negócios que apresenta o melhor desempenho", diz ele. O processo de transferência será concluído até o final deste ano. O executivo também afirmou que a mudança da unidade, que hoje emprega 870 pessoas, não implicará muitas demissões. "Estimamos que um terço desses funcionários não vai querer ir para Campinas, mas já estamos trabalhando com os sindicato para recolocá-las em São Paulo", afirma ele. "Cerca de 80 postos de trabalho já foram encontrados."

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