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Atrasos em plataformas adiam auto-suficiência de petróleo para 2006

São Paulo, 25 de abril (Portal EXAME) A Petrobrás reviu para baixo sua produção de petróleo para 2005, ano em que previa que o país se tornaria auto-suficiente. A produção diária, que anteriormente era estimada em 1,9 milhão de barris, ficará em 1,82 milhão de barris, o que representa uma queda de 4%. Com isso, […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

São Paulo, 25 de abril (Portal EXAME) A Petrobrás reviu para baixo sua produção de petróleo para 2005, ano em que previa que o país se tornaria auto-suficiente. A produção diária, que anteriormente era estimada em 1,9 milhão de barris, ficará em 1,82 milhão de barris, o que representa uma queda de 4%. Com isso, a auto-suficiência na produção de petróleo foi adiada para 2006. A empresa, que previa passar a ser exportadora líquida de petróleo em 2006, agora estima que isso ocorra no ano seguinte.

A revisão foi anunciada nesta sexta-feira, durante conferência, por telefone, com analistas de mercado. Segundo José Sérgio Gabrielli de Azevedo, diretor financeiro e de relações com investidores, a revisão se deve a atrasos para a entrada em operação das plataformas P-43, P-48, P-50, P-51 e P-52.

No caso das duas primeiras, a empresa fabricante está com o cronograma da construção das plataformas atrasado. Já com relação à P-51 e à P-52, a própria Petrobrás adiou o processo de licitação para fazer novas exigências que ampliem o conteúdo de produtos nacionais no projeto. Segundo Gabrielli de Azevedo, até o final deste semestre o processo de licitação estará nas ruas .

De acordo com os dados anunciados hoje, a empresa fará investimentos de 34,3 bilhões de dólares entre 2003 e 2007. Desse total, 29,2 bilhões devem ser aplicados no Brasil e a estimativa é que 65% desses recursos sejam alocados junto a fornecedores nacionais.

A empresa anunciou ainda que irá investir na ampliação da capacidade de refino de petróleo no país. Os novos investimentos, que não foram detalhados, devem permitir o refino de mais 150 mil barris diários.

Segundo Luiz Caetano, analista do Banco Brascam, a notícia pode ser vista por dois prismas. Por um deles, ela é positiva ao país. A Petrobrás trabalha com a estimativa que, sem novos investimentos em refino, o Brasil enfrentará no futuro uma carência de 190 mil barris por dia , diz. Isso significa a ameaça do governo ter de importar o produto.

A Petrobrás é responsável pela grande maioria do refino feito no país. Além dela, apenas outras duas refinarias privadas, de porte bem menor, a de Manguinhos e a Ipiranga, atuam no Brasil.

Por outro lado, olhando para a Petrobras do ponto de vista do investidor, os investimentos em refino têm uma taxa de retorno inferior à dos investimentos em produção.

Para elaborar seu novo plano estratégico, a empresa considerou que o PIB no Brasil e do mundo deve crescer a uma média anual, até 2007, de 3,1% e 3%, respectivamente. A Petrobrás considerou a cotação média do dólar no período a 3,43 reais.

Quanto à demanda por derivados de petróleo no país, espera uma alta anual de 2,8%. A demanda doméstica de gás natural no período deve ficar em 11,4%.

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